Ueshiba Morihei [植芝 盛平] era um garoto franzino que cresceu ouvindo histórias de seu bisavô, um bravo samurai da época. Quem sempre lhe contava as aventuras de Kichiemon era seu pai, Ueshiba Yokoru, proprietário de terras, militante político e fã das artes marciais. Morihei praticou sumô por um certo tempo mas acabou desistindo. Só começou a se dedicar às artes marciais depois que seu pai foi atacado por políticos do partido adversário. Os seus estudos levaram à criação de uma das mais famosas artes marciais do mundo: o aikidô.
Aikidô, “o caminho para a harmonia do espírito”, foi formado a partir da síntese de várias artes marciais, filosofias e estudos religiosos, são eles:
Daitoryu Aiki jujutsu: uma das primeiras artes marciais japonesas a se popularizar no século XX, é fruto da fusão entre Daitoryu (criado por Shinra Saburo Minamoto no Yoshimitsu, um grande estudioso do corpo humano) e Aiki jujutsu (uma derivação do jujutsu focada na antecipação e neutralização do ataque do oponente através de imobilizações).
Omotokyo: uma religião japonesa originada do xintoísmo, a qual era repleta de idéias em prol da paz mundial. Estimulava o desenvolvimento das virtudes pessoais para se atingir a harmonia universal.
Koryu: sistema das antigas artes marciais japonesas criadas durante a época dominada pela cultura militar.
Com essas referências, não é surpresa que o aikidô seja uma arte marcial que procura entender o ritmo e a intenção do agressor para aplicar o contra-ataque e então controlar o oponente sem feri-lo. Os treinamentos baseiam-se em técnicas específicas para derrubar os adversários, rolamentos, quedas, imobilizações e torções. A flexibilidade e resistência também são treinadas constantemente.
O treinamento mental do Aikidô é realizado com o objetivo de relaxar a mente e o corpo em situações de perigo, proporcionando o controle emocional necessário para a boa execução dos golpes durante a luta.
“É preciso estar 99% disposto a receber o ataque do adversário e encarar a morte de frente para que se possa aplicar o golpe sem hesitação”, dizia Morihei.
O ocidente conheceu esta arte marcial em 1951 quando Minoru Mochizuki visitou a França e levou as técnicas para alunos de judô.
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Colaboração:
Bruno Kaneoya – www.nipocultura.com.br
Boa noite! Não se preocupe continue fazendo o que o seu sensei te orientou... A questão do uso do hakama…