Ensinamentos de Morihei Ueshiba

07/04/2016

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Um verdadeiro guerreiro coloca um fim em todo o conflito e evita que as pessoas busquem nas armas a solução para as disputas. Essa é a missão de um guerreiro. Um guerreiro se esforça pra criar harmonia interna e externa, unidade e paz por todo o mundo. O guerreiro sabe que todos os seres humanos contém todo o universo dentro deles. Esse é o princípio supremo, razão que guia suas ações. Estabelecer a paz e a unidade da mente universal é o propósito do Aikido.”

O-Sensei Morihei Ueshiba

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Colaboração:

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Sobre a Arte da Paz – Por Morihei Ueshiba

10/01/2014

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A Arte da Paz começa em você. Trabalhe consigo mesmo e com a tarefa que lhe foi consignada na Arte da Paz. Nós todos temos um espírito que pode ser refinado, um corpo que pode ser treinado de certa maneira, uma senda conveniente a ser seguida. Estás aqui com o único propósito de dares conta de tua divindade interior e manifestar a tua iluminação inata. Alimente a paz em tua própria vida e aplique logo a arte a tudo o que encontrares.” 

Ô-Sensei Morihei Ueshiba

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Feliz Natal e Próspero Ano Novo

24/12/2013

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O blog I M P R E S S Õ E S – A I K I D Ô deseja a todos os amigos, aikidocas, seguidores e leitores, um feliz natal e um ano novo repleto de paz, saúde, prosperidade, caridade, solidariedade, paciência, união e aikidô.

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Feliz Natal e Próspero Ano Novo !!!

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Os Cinco Espíritos do Budô – Por Dan Penrod

15/10/2013

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Shoshin: (初心) Mente de principiante;

Zanshin: (残心) Mente que permanece;

Mushin: (無心) Não Mente ;

Fudoshin: (不動心) Mente Imóvel;

Senshin: (先心) Espírito Purificado, atitude iluminada.

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Existem 5 mentes fundamentais ou espíritos do Budô; shoshin, zanshin, mushin, fudoshin, e senshin. Estes conceitos muito antigos são geralmente ignorados nos dojô(s) modernos de Aikidô. O budoka que se esforça para compreender as lições destes 5 espíritos em seu coração amadurecerá para se tornar um artista marcial e um ser humano forte e competente. O aluno que não se esforça para conhecer e receber estes espíritos sempre terá uma falha em seu treinamento.

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Shoshin

O estado de shoshin é aquele da mente de principiante. É um estado de atenção que permanece sempre completamente consciente, atento e preparado para ver coisas pela primeira vez. A atitude de shoshin é essencial para continuar o aprendizado. O-Sensei uma vez disse, “Não espere que eu lhe ensine. Você deve roubar as técnicas sozinho”. O aluno deve ter um papel ativo em cada aula, observando com a mente shoshin, para conseguir roubar a lição de cada dia.

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Zanshin

O espírito de zanshin é o estado do espírito que permanece, que continua. É freqüentemente descrito como um estado continuado de atenção aumentada e de decisão. Mas o verdadeiro zanshin é um estado de foco ou concentração antes, durante e depois da execução de uma técnica, em que uma ligação ou conexão entre o uke e o nage é mantida. Zanshin é o estado da mente que nos permite permanecer espiritualmente conectados, não apenas a um único atacante, mas a múltiplos atacantes e mesmo a um contexto completo; um espaço, um tempo, um evento.

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Mushin

O manual da ASU define mushin como a “Não mente, uma mente sem ego. Uma mente como um espelho que reflete e não julga”. O termo original era “mushin no shin”, que significa “mente da não mente.” É um estado mental sem medo, raiva ou ansiedade. Mushin é freqüentemente descrito pela frase, “mizu no kokoro”, que significa “mente como a água”. Esta frase é uma metáfora que descreve o lago que reflete claramente o que o cerca quando suas águas estão calmas, mas as imagens são obscurecidas quando uma pedra é jogada em suas águas.

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Fudoshin

Uma mente que não é abalada e um espírito que não se move é o estado de fudoshin. É a coragem e a estabilidade demonstradas mentalmente e fisicamente. Mas ao invés de indicar rigidez e inflexibilidade, fudoshin descreve uma condição que não é facilmente transtornada por pensamentos internos ou por forças externas. É capaz de receber um ataque forte e manter a postura e o equilíbrio. Recebe e devolve com leveza, está firmemente aterrado, e reflete a agressão de volta à sua fonte.

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Senshin

Senshin é o espírito que transcende os primeiros quatro estados da mente. É um espírito que protege e se harmoniza com o universo. Senshin é um espírito de compaixão que abraça e serve a toda a humanidade e cuja função é reconciliar e dissipar a discórdia no mundo. Ele considera que todos os tipos de vida são sagrados. É e mente de Buda e é a percepção de O-Sensei da função do Aikidô.

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Aceitar completamente o senshin é essencialmente a mesma coisa que se tornar iluminado, e pode ir muito além da abrangência do treinamento diário do Aikidô. Entretanto, os primeiros 4 espíritos são provavelmente atingíveis por qualquer aluno sério através de atenção concentrada e treinamento firme. Abraçar estes estados da mente pode ser recompensador de diversas formas.

Shoshin pode libertar um aluno do “vale” frustrante do aprendizado, dando-lhe a visão para enxergar o que ele não poderia ver antes. Zanshin pode aumentar a atenção total, melhorando o treinamento de randori e de estilo livre. Mushin pode liberar a ansiedade do aluno quando está sob pressão, capacitando-o para uma performance melhor durante um exame. Fudoshin, pode lhe dar a confiança para proteger seu território em face de ataques físicos esmagadores.

O Aikidoka sério deve encontrar formas de incorporar estes espíritos do Budô em seu treinamento diário

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Tradução: Jaqueline Sá Freire – Brazil Aikikai – Hikari Dojo – Rio de Janeiro

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MISOGI – Por Hiroshi Ikeda

25/09/2013

Hoje eu e minha esposa saímos cedo do trabalho e fomos para a escola de nosso filho antes do final da aula. Era nossa semana de fazer a limpeza da sala de aula da 4ª e 5ª série. Nesta escola cada família participa pelo menos uma vez no ano da limpeza da sala de aula de seus filhos, fazendo a limpeza (o que é muito encorajado), ou pagando $40 para que a escola contrate alguém para fazer isso (o único zelador da escola). A maioria das famílias escolhe ir fazer a limpeza.

Nós temos feito isso desde o jardim de infância, e se tornou um ritual do qual gostamos muito. Acho que estar no meio da ação nos faz sentir que fazemos parte da escola, isso nos dá um sentimento de conexão com o lugar em que nosso filho passa várias horas de seu dia. Nós fazemos isso por ele, pelo professor, por seus colegas, fazendo uma pequena contribuição para manter o mundo deles limpo, em ordem e agradável. De uma maneira simbólica, estamos recompensando seu professor, a quem ele adora (e nós também) por ter uma influência tão positiva em sua vida.

Então dizemos “olá” para os outros pais e vamos ao armário do zelador, pegamos um aspirador de pó e uns sacos de limpeza e vamos para a sala de aula de Jill. É claro que nosso filho preferiria passar o tempo no laboratório de computação enquanto nós limpamos as mesas e tiramos manchas dos teclados, mas ele se junta a nós por tempo suficiente para limpar o quadro negro guardar o aspirador de pó. Além disso, ele nos lembra que “faz seu trabalho” todos os dias. Isto é, as tarefas que as crianças fazem em turnos antes de ir para casa, pequenas coisas como alimentar o porquinho da índia, limpar em baixo das mesas, guardar as cadeiras e suprimentos.

Eu descobri que esta escola é uma exceção neste caso. Isso me surpreende, porque em todas as escolas que frequentei no Japão, as crianças não limpavam apenas suas salas de aula, mas também os corredores e áreas comunitárias. Nós limpávamos e lavávamos as janelas. Isso não era uma punição, de forma alguma; era o que tínhamos que fazer, e tínhamos orgulho de trabalharmos juntos para cuidar de nosso espaço. Acho que não pensávamos nisso, mas estávamos aprendendo sobre responsabilidade, respeito, realizações e cooperação.

Como a sala de aula, o dojô é um lugar importante – muitos diriam que talvez seja ainda mais importante que uma sala de aula, porque no dojô nosso trabalho é refinar habilidades que podem nos colocar no limite entre a vida e a morte.

Acredito que muitas pessoas hoje em dia confundem o dojô com algum tipo de centro de recreação. Mas diferentemente de um centro esportivo para levantamento de peso ou um ginásio para a prática de esportes, um dojô de artes marciais abriga o kami (deus) do budô. Isso quer dizer que em um dojô, o espírito do bushidô, ou uma lei de conduta, permeia o treinamento. Quando um dojô perde isso, sofre as consequências. Acredito que isso é o espírito do budô – este refinado sentimento de respeito – o que distingue um dojô, e é o que levamos em nós para nosso comportamento perante a sociedade.

O próprio ato de cuidar do dojô nos permite manifestar fisicamente o processo de purificação de nossos espíritos. Da mesma forma, as pessoas entram no dojô e deixam suas preocupações lá fora, o próprio dojô deve refletir a postura mental pura de seus ocupantes, para que os alunos possam se mover com segurança e liberdade no futuro pelo caminho do budô.

Infelizmente, às vezes vejo que alguns alunos consideram que o treinamento não tem nada a ver com este simples ato de cuidado. O espírito do dojô reflete a forma com que cada individuo encara seu treinamento, e isto inclui a forma como ele ou ela trata o próprio dojô. Acredito que uma pessoa que treina em um dojô deveria considerar que este espaço é, de alguma maneira, uma manifestação deles próprios, e deveriam encarar sua purificação da mesma forma que fariam a purificação e a renovação de seus próprios espíritos.

Através da história e das culturas, o ato de limpeza e purificação tem sido um gesto tanto prático quanto simbólico de grande significado. No Japão, este tipo de purificação ritual ou “misogi” é uma parte integral e muito importante da vida diária. Por exemplo, no final de dezembro, quase todas as pessoas em toda a nação cooperam dentro de suas famílias, escolas, companhias e dojô para limpar os lugares em que se reúnem. Ao fazerem isso, são capazes de receber o novo ano com seus ambientes purificados, bem como com suas almas purificadas. Outros rituais de misogi podem incluir a purificação do local da construção de um edifício antes que a obra comece. Antes de cada luta de sumô, o esporte nacional Japonês, os lutadores purificam o ringue aonde irão competir jogando sal sobre ele.

Parece um paradoxo que atos simples e mundanos possam ter o poder de transformar, mas este fato tem ressurgido repetidamente através dos tempos. Se polirmos o espírito, talvez um dia o espelho esteja imaculado, e então veremos nosso verdadeiro reflexo.

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* Hiroshi Ikeda – 7° Dan de Aikidô

Tradução para o Inglês: Jun Akiyama, editado por Ginger Ikeda

Tradução: Jaqueline Sá Freire – Brazil Aikikai – Hikari Dojo – Rio de Janeiro

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Feliz Natal e Próspero Ano Novo

22/12/2011

O blog I M P R E S S Õ E S – A I K I D Ô deseja a todos os amigos, aikidocas, seguidores e leitores, um feliz natal e um ano novo repleto de paz, saúde, prosperidade, caridade, solidariedade, paciência, união e aikidô.

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Feliz Natal e Próspero Ano Novo !!!

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Ensinamento de Morihei Ueshiba – Fundador do Aikidô

13/11/2010

“A Arte da Paz começa em você. Trabalhe consigo mesmo e com a tarefa que lhe foi consignada na Arte da Paz. Todos temos um espírito que pode ser refinado, um corpo que pode ser treinado de certa maneira, uma senda conveniente a ser seguida. Estás aqui com um único propósito de dares conta de tua divindade interior e manifestar a tua iluminação inata. Alimente a paz em tua própria vida e aplique logo a arte a tudo o que encontrares.”

Morihei Ueshiba – Em A Arte da Paz

Colaboração: www.impressione.wordpress.com


Ensinamento de Morihei Ueshiba – Fundador do Aikidô

17/08/2010

 

“Quando te preocupas com o “bom” e o “mau” dos teus companheiros, crias uma abertura no teu coração por onde o mal entrará. Testar, competir e criticar os outros enfraquece e te derrota”.

Morihei Ueshiba, em A Arte da Paz

Colaboração: www.impressione.wordpress.com


Aikidô Natal – Academia Central – Exame de Faixa – Agosto/2010

17/08/2010

 

Sábado, 21/08/2010, 16h, na Academia Central de Aikidô de Natal, acontecerá mais um evento de troca de faixas. O evento, além de exame de faixa serve como confraternização entre os alunos dos diversos horários, seus familiares e amigos. Compareça você também. Leve um prato de doce ou salgado, sua bebida (não alcoólica) e comemore a harmonia, energia e as realizações. 

 

Local: Academia Central de Aikidô de Natal – ACAN

Dia e Hora: Sábado – 21/08/2010 – 16h

Endereço: Rua Professor João Ferreira de Melo – Capim Macio – Fundos do CCAB Sul

Telefone: (84) 3217-9182

Site: www.aikidorn.com.br

 

Colaboração: www.impressione.wordpress.com e www.aikidorn.com.br


AIKIDÔ, Um Amor Maior – Por Odorico Martins

08/04/2010

Meu primeiro contato com o Aikidô, como muitas pessoas, foi através de um livro. As imagens e a proposta enunciada soou em minha mente como algo que sempre esteve em mim, apenas estava adormecido.

Minha primeira vivencia com o Aikidô trouxe o caos a todos os meus conceitos pré estabelecidos. Começou a cair por terra tudo o que eu conhecia.

Era o começo de uma nova vida. Vida que hoje eu não consigo conceber sem ele.

Passei por diversos lugares, pois a mudança sempre fez parte de minha vida e isto me fez conhecer diversos professores (Sensei), alguns com técnicas apuradíssimas, outros também. Mas não quero me deter a nenhum em particular pois estaria sendo injusto, visto que cada um deles contribuiu de alguma maneira para o meu crescimento pessoal.

Hoje quero me deter apenas em um lugar. Lugar este onde aprendi o AIKIDÔ em sua expressão máxima, expressão esta que eu denomino AMOR.

Este lugar é NATAL. Academia Central de Aikidô de Natal. Um lugar inesquecível.

Lugar onde realmente descobri o que é SER humano. Lugar onde a graça dos movimentos se funde a beleza dos seres humanos. Falo beleza em um plano maior que apenas a estética. Falo sobre a beleza da amizade, da compreensão, da honra e do respeito.

Lá conheci pessoas fundamentais para minha vida e estas eu nunca esquecerei. Mais uma vez não quero citar nomes, pois senão começaria uma genealogia bíblica, visto que a ACAN tem muitos alunos e não menos professores. Mas este grande número deve-se ao prazer que o local proporciona, pelo aprendizado responsável e humanitário, assim como pelo simples convívio entre os participantes.

Tudo lá me encantou, tudo foi HARMONIA.

Sinto-me honrado em ter feito parte deste meio, de ter convivido com pessoas de tamanha qualidade.

Hoje tenho dado vários shomen uti’s na saudade, sufocado com yonkyos a tristeza de não estar mais aí.

Dou aula no Rio Grande do Sul, na cidade de São Leopoldo, e tem sido muito difícil para mim treinar em virtude das distâncias que me separam dos dojôs .  Carrego comigo apenas os ensinamentos daqueles que saudei ONEGAISHIMASSU e treinei. Levo em meu coração a pureza dos sentimentos que o AIKIDÔ exige. Carrego em minha alma o AMOR que sinto por cada um de vocês.

DOMO ARIGATO GOZAIMASHITA.

*Odorico Martins é graduado em Aikidô (Faixa-Preta 1º Grau – Shodan) pela Academia Central de Aikidô de Natal 

Colaboração: www.impressione.wordpress.com


Aikidô e o Princípio da Mente Vazia – MUSHIN – Por Marcus Vinicius Andrade Brasil

31/03/2010

Aquele que se aventura aos estudos das artes marciais, seja ela qual for, se depara, na maioria das vezes, com termos até então estranhos ao seu cotidiano. O próprio termo DO (caminho), termo presente no nome da maioria das artes japonesas – marciais ou não – como Kyudô, Karatê-Do, Judô, Shodô e também no Aikidô, além de indicar caminho, senda, é indicação de algo muito mais amplo, que seja, a própria vivência, a busca, o espírito incessante de se chegar próximo à perfeição naquilo que se propôs a fazer. É na realidade uma situação mais espiritual que física.

No Aikidô, dentre os termos usados tem um, em particular, que é pouco falado na sua literatura específica, mas bem difundido nos escritos Zen e sempre citado nas classes de Aikidô durante os treinos – O Mushin.

O Mushin, em sua etimologia, nasce da união de dois kanjis – Mu, vazio ou nulo e Shin, coração ou mente. Em tradução livre pode-se dizer que Mushin é mente vazia. Quem, em classes de Aikidô, nunca ouviu o Sensei falar em deixar a mente vazia?  Na maioria das vezes o mestre explica que se deve deixar a mente vazia, não pensar em nada (bem difícil para os ocidentais); não se ater a partes e ao mesmo tempo ver o todo. Explica ainda que se deve aguardar a ação do colega de mente vazia (não esperar nada de forma pré-estabelecida) e que em vista de tal atitude vem a facilidade na aplicação da técnica, pois o praticante não se atém a determinada forma e nem a determinada atuação do outro, fazendo o movimento fluir assim como os pensamentos, ou seja, deixa passar o ataque e adequar a defesa.

Mushin foi definido pelos estudiosos do Zen como um estado de consciência inconsciente ou de inconsciência consciente, o indivíduo está presente e ausente ao mesmo tempo. O vazio é o não apego, é a concentração no todo e não na parte, é o adequar-se, é, a grosso modo, o “fazer no automático”.

E como se chega ao Mushin? Como se chega ao ponto de fazer sem sentir o que faz? (Observe-se que não sentir o que se está fazendo não está ligado com a inconsciência pura, a consciência está adormecida, mas presente e sem interferir na ação). Como em todas as artes, é com o treino perseverante. Já disse em outras épocas o Guerreiro Espadachim Miyamoto Musashi: “tempere a si mesmo com mil dias de pratica e refine-se com dez mil dias de treinamento”.

Assim, partindo-se do pressuposto que não se deve, no Aikidô, separar a mente e corpo, e que o praticante deve estar integral na prática da arte, a percepção do Mushin vem a ser bem difícil.

Vê-se que o Mushin não pode se dissociar e passar para uma disciplina essencialmente mental ou essencialmente física. Não se pode atingir o Mushin através da razão pura e simples. No Mushin a mente não se prende a pensamentos, eles vêm e vão, a consciência passa a fluir livremente, de objeto a objeto, de sensação a sensação. Também não se deve controlar o corpo pela mente. O termo mente vazia determina que ela nunca está ocupada com uma determinada idéia, com concepção ou distinção, pelo contrário, por ela tudo passa e nada se fixa.

No Aikidô usamos o Mushin, e também podemos chegar ao Mushin através dele.  A fixação em pensamentos é uma tentação. Com o treinamento constante da arte do Aikidô podemos, com a prática, eliminar os pensamentos na aplicação das técnicas. O treinamento constante leva ao desprendimento e a simples atitude do fazer. É o “algo” que age, dogma difundido no Zen e no Cristianismo – “não sou eu que faço as obras, é o pai que as faz em mim; eu, de mim, nada posso fazer”. O treinamento constante da mente e do corpo leva o Aikidoca simplesmente a fazer o que deve ser feito e não conjecturar se deve fazer ou não.

No treinamento, cada ataque e cada defesa levam o praticante a se familiarizar com os movimentos e cada nova tentativa é uma chance de se não pensar em nada e agir. O praticante que fica a remoer uma técnica, seja bem ou mal aplicada e que poderia ter feito desta ou daquela forma, não está em conformidade com o Mushin. O Aikidoca que faz a movimentação de forma fraca e temerária vai levar esta fraqueza para a próxima tentativa; e se fez a movimentação de forma brilhante e objetiva também levará tal sensação para o próximo passo. De uma forma ou de outra será influenciado na aplicação da nova técnica que virá. Mas o Aikidoca que deixa a técnica, mal ou bem executada, de lado e parte para nova tentativa, livre de intenções e de definições, do início, e de mente limpa para a nova e única experiência, este sim, está no caminho do Mushin.

No Livro a Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen , o autor, Eugen Herrigel, descreve um estado que se observa, sem muito esforço, como sendo o Mushin:

Não se pensa em nada de definido, quando nada se projeta, deseja ou espera, e que não se aponta em nenhuma direção determinada… esse estado fundamental livre de intenção e do eu, é o que o mestre chama de espiritual

O Mushin “surge” quando o Aikidoca, que age, está separado do seu ato e os pensamentos não interferem no que ele faz. O ato (físico) inconsciente (mente) é o mais livre e descontraído de todos. Deixar a mente fluir, não se ater a partes ou pensamentos leva a respostas instintivas e prontas.

Na prática, quando se pensa em exibir perícia ou fazer uma bela apresentação diante dos mestres, o consciente do Aikidoca interfere no desempenho do físico e este vem a cometer erros. É necessário se eliminar da mente a sensação de que se está fazendo aquilo. A mente precisa mover-se entre as técnicas e suas passagens de forma que não se atenha nem nelas, nem na platéia e nem no colega que junto está na apresentação. No instante em que o Aikidoca está consciente do que está tentando, a fina força, fazer, o equilíbrio se desfaz e este simples momento de desarmonia interrompe o fluxo da movimentação. A atenção demasiada em algum ponto fará o Aikidoca se fixar naquilo que é apenas passageiro e assim travar o movimento.

O Mestre Zen Takuan Soho, em sua obra a Mente Liberta – Escritos de um Mestre Zen ao um Mestre de Espada – fala sobre o poder negativo de se prender a mente em um ponto.

“Se a pessoa situa sua mente na ação do corpo do oponente, sua mente será capturada pela ação do corpo do oponente”. 

Então, onde situar a mente? O próprio Takuan responde:

“Se não a situares em lugar nenhum, ela irá todas as partes do teu corpo e o preencherá inteiramente”.

E continua:

“Se tu te decidires por algum lugar e lá situares a mente, ela será capturada por este lugar e perderá sua função. Se a pessoa pensar, ela será capturada por seus pensamentos. Portanto, deixa de lado os pensamentos e a discriminação, lança a mente para fora do corpo inteiro e não a fixe nem aqui nem lá; então, quando ela visitar os vários lugares, ela realizará a função própria e agirá sem erro”

A mente presa é a uma das maiores armadilhas em que o artista marcial pode cair. Para não se prender nisso ou naquilo, em movimentos ou técnicas, em platéias ou no ego, além do treinamento árduo e a prática constante, há de se haver o desprendimento da mente na ação – O Mushin.

Por fim, observamos que o Mushin, além de importante princípio a ser seguido é atitude difícil de ser adquirida, é um princípio importante na prática marcial do Aikidô, mas, em contrapartida, atitude rara de ser observada. O treinamento constante, a prática reiterada das técnicas e o desprendimento na execução são formas de deixar a mente fluir e que podem levar ao Mushin. E você, já atingiu o Mushin?

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HERRIGEL, Eugen – A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen – Tradução do Inglês para o Português por J. C. Ismael – Ed. 23ª, 2009 – Editora pensamento – São Paulo/SP.

HYAMS, Joe – O Zen nas Artes Marciais – Tradução do Inglês para o Português por Cláudio Giordano – Ed. 1ª, 1992 – Editora pensamento – São Paulo/SP.

KUSHNER, Kenneth – O Arqueiro Zen e a Arte de Viver – Tradução do Inglês para o Português por Paulo César de Oliveira – Ed. 2ª, 1992 – Editora Pensamento – São Paulo/SP.

SOHO, Takuan – A Mente Liberta – Escritos de um Mestre Zen a um Mestre da Espada – Tradução do Japonês para o Inglês por William Scott Wilson – Tradução do Inglês para o Português por Marcelo Brandão Cipolla – Ed. 1ª, 1998 – Editora Cultrix – São Pulo/SP.

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* Marcus Vinicius Andrade Brasil é graduado em Aikidô (Faixa-Preta 4º Grau – Yondan) pela Academia Central de Aikidô de Natal

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Aikidô – Por Israel Félix de Lima Júnior

26/03/2010

Em certo momento da minha vida, onde já tinha treinado por alguns anos algumas artes marciais, soube de uma nova arte que havia feitos mirabolantes e de tamanha maestria e elegância, comecei a pesquisar cuja arte poucos sabiam em Natal/RN. O tempo passa e o universo conspira e, em um dia qualquer me deparo com panfletos informando sobre cuja arte havia iniciado a busca em outrora, logo, de prontidão vou ao dojô, assisto ao treino e de imediato decido treinar. O Sensei Rodrigo, observando minha ansiedade me pede para fazer um treino experimental primeiro, porém, decidido como uma flecha lançada, já me matriculo e começo a treinar.

A idéia de força física e a resolução de problemas através da pancada foi logo frustrada nos primeiros treinos, começo a observar que haveria sempre alguém mais habilidoso e mais forte que eu e, isso não seria propriamente força física, então, comecei a experimentar a sensação de fraqueza e tais sentimentos me mostraram que eu estava estudando algo completamente diferente e grandioso, me apaixono pela arte em que outrora ansiava tanto em conhecer.

A dedicação desprendida no decorrer dos treinos e do tempo, me fizeram ver que a força sugerida pela filosofia do Aikidô era espiritual, nesse momento descubro o quanto sou fraco e o quanto o caminho é longo e árduo. As experiências galgadas com mestres e colegas diferentes me fizeram ver o tamanho da riqueza do Aikidô e fortaleceu a minha compreensão sobre a filosofia, a força espiritual, mesmo o caminho sendo individual há necessidade da cooperação dos colegas, pois o individuo só existe porque há o todo.

Ao chegar aos dez anos de treino e ao 3º Dan, sinto como se eu tivesse dado o primeiro passo para essa longa jornada, pouco conheço sobre minha pessoa, a cada treino a cada novo colega, a cada Sensei, observo que pouco sei e que muito tenho a aprender.

* Israel Félix de Lima Júnior é graduado em Aikidô (Faixa-Preta 3º Grau – Sandan) pela Academia Central de Aikidô de Natal

Colaboração: www.aikidorn.com.br


Projeto Aikidô – Escola Municipal São Francisco de Assis – Yasugi Aikidô Dojô

21/03/2010

Na manhã do sábado, 20/03/2010, a Escola Municipal São Francisco de Assis esteve mais uma vez em festa; aconteceu a primeira Troca de Faixa do Projeto Aikidô. Oito Aikidocas do Projeto, dentre os participante, foram avaliados e receberam promoção à faixa-amarela (5º Kyu).

A Banca Examinadora foi composta por 04 (quatro) membros graduados Faixa-Preta em Aikidô do Estado do RN: Sensei Sérgio Pellissari (3º Dan Aikikai) representando a Academia Central de Aikidô de Natal; Israel Lima Jr. (3º Dan Aikikai); Paulo Wanderley (1º Dan Aikikai) e Vinicius Brasil (3º Dan Aikikai) e responsável pelo Projeto Aikidô da Escola Municipal São Francisco de Assis.

Aproveitando as festividades do evento de Troca de Faixa foi divulgado aos presentes o nome e a logomarca do Dojô responsável pelos treinamentos de Aikidô na Escola Municipal São Francisco de Assis, YASUGI Aikidô Dojô.

Ainda na festividade, foram homenageadas com certificados de reconhecimento, os participantes da Banca Examinadora, bem como, a Diretora da Escola Municipal São Francisco de Assis, Maria da Natividade Moura Rodrigues e a Vice-Diretora, Roselane Praxedes, pelo bom trabalho e pelo apoio ao Projeto Aikidô e seus Voluntários.

YASUGI Aikidô Dojô

Nome em homenagem ao Mestre em Aikidô, o Sr. Reishin Kawai (conhecido no meio do Aikidô Nacional por Kawai Sensei), pessoa que foi designada pelo Hombu Dojo – Central de Aikidô no Japão – para difundir o Aikidô no Brasil e na América do Sul.

Nascido no Japão, na cidade de YASUGI, prefeitura de Shimane e falecido em janeiro deste ano em São Paulo/SP, Kawai Sensei representou no Brasil o Aikidô de Morihei Ueshiba durante 46 anos.

Assim, em reconhecimento e respeito ao Mestre Reishin Kawai, ficou determinado que o Dojô teria o nome de sua cidade natal, Yasugi, e se chamaria YASUGI AIKIDÔ DOJÔ.

Projeto Aikidô

Trabalho Voluntário, em prol das crianças do bairro de Nazaré e Bom Pastor (Natal/RN), nas dependências da Escola Municipal São Francisco de Assis, promovido por Marcus Vinicius Andrade Brasil, Advogado no RN, 3º Dan de Aikidô e Guilherme Augusto da Silva Lemos, Universitário, 1º Kyu (Faixa-Marrom) de Aikidô.

Promovidos para 5º Kyu – Faixa Amarela – no 1º Exame de Faixa do YASUGI Aikidô Dojô.

Alan Gustavo Pessoa Machado

Alyson Augusto Pessoa Machado

Josemar Veríssimo da Silva Júnior

Joyce Karoline dos Santos Hermógenes

Manoel Rafael da Silva Gomes

Maria Luiza Silva da Costa

Wesley Mateus da Silva

Weslley Leandro da Silva Freire

Para Informações sobre o Projeto Aikidô – YASUGI Aikidô Dojô, entre em contato com Vinicius Brasil e Guilherme Lemos pelo e-mail: mvabrasil@yahoo.com.br

Colaboração: www.impressione.wordpress.com


O Aikidô na Minha Vida – Por Giovanni Nóbrega de Paiva

17/03/2010

Sou professor de Educação Física (Judô e Aikidô) e pratiquei algumas artes marciais como: Karatê Shotokan, Kung Fu Shaolin, e atualmente pratico além do Aikidô, o Jiu-Jitsu.

Foi através do convite de uma aluna do Judô, que conheci a Academia Central de Aikidô, na época o Sensei da academia era Rodrigo Martins que foi uchideshi do Sensei Kawai. A empatia foi imediata, iniciei os treinos vivenciando no dia a dia toda etiqueta dessa arte, técnicas e um ambiente de muita harmonia, tudo muito parecido com os ensinamentos do judô.

Ao realizar as técnicas de Aikidô, percebi a sutileza e suavidade com que elas são aplicadas, e que é através dos movimentos circulares que os movimentos tornam-se ainda mais eficientes.    

Certa vez, um grande mestre estava meditando e observando a neve cair sobre as árvores, duas delas lhe chamaram a atenção: o salgueiro e o carvalho, quando a neve caía sobre os galhos do carvalho, acumulavam-se em grande volume, visto que, os galhos eram robustos e suportavam por um determinado tempo o peso da neve, mas rompiam-se bruscamente promovendo conflito, já o salgueiro era diferente ao receber a neve, por menor que fosse a quantidade, dobrava-se com flexibilidade, deixando a neve cair sem nenhum esforço e depois retornava ao estado inicial.

Com isso, o mestre verificou que ceder é mais interessante que se opor, ser flexível e adaptar-se sem confronto é melhor e gera menos conflitos, a partir dessa reflexão criou-se a primeira academia, a do coração do salgueiro.

O Aikidô por se tratar de uma arte mais sutil e suave não precisa da neve, mas da suavidade do vento para ceder sem conflito e promover uma nova perspectiva de caminho ou direcionamento, em que ambos (sem conflito e resistência) resolvem percorrer harmonicamente.

* Giovanni Nóbrega de Paiva é graduado em Aikidô (Faixa-Preta 3º Grau – Sandan) pela Academia Central de Aikidô de Natal

Colaboração: www.aikidorn.com.br


A Prática do Aikidô na Infância Constrói Cidadãos de Bem – Por Hellen Suely dos Santos Lima Paiva

11/03/2010

Por se tratar de uma arte marcial não competitiva, o Aikidô tem sido procurado por muitos pais, que desejam que seus filhos pratiquem esportes que tenham essa filosofia, já que as modalidades oferecidas nas escolas são direcionadas para definição de um vencedor e um perdedor, o que expõe essas crianças ao estresse, problemas físicos e muitas vezes psicológicos.

No momento em que vivemos, sempre estamos sendo cobrados à competitividade, quer seja no ambiente familiar, escolar e nos mais variados grupos sociais, daí a necessidade da procura de “válvulas de escape” para encontrarmos o equilíbrio. É aí que entra o Aikidô, uma arte marcial que busca a cooperação, a harmonia e a necessidade do outro para concretização da técnica. Dentre tantos benefícios para as crianças e adultos, o Aikidô também trabalha o condicionamento físico, a coordenação motora fina e ampla, a concentração, disciplina, respeito e socialização.

O ambiente harmônico onde se pratica o Aikidô favorece à aquisição de todos esses benefícios, pois é nesse momento que minimizamos a agitação do dia a dia, nos concentrando na respiração e na busca da paz interior.

Nas aulas com crianças não podemos esquecer de incluir o lado lúdico, que sempre são praticados ao final dos treinos, através da inclusão de jogos cooperativos, onde o trabalho em grupo é bastante focado, dentre as brincadeiras podemos citar: coelho na toca, bandeirinha, tica corrente, tica ajuda, estafetas, entre outras.

Na Academia Central de Aikidô de Natal, além das aulas em si, também são oferecidas oficinas de Educação Ambiental e Sustentabilidade, onde além das crianças, os pais também são convidados a participar. Nesses encontros, inicialmente temos um bate-papo inicial, onde vivenciamos experiências pessoais relacionadas às questões ambientais, sobre a atual situação do planeta e o que a falta de cuidado com a nossa casa (a Terra) pode ocasionar para as futuras gerações. Logo após confeccionamos objetos, utilizando como matéria prima o resíduo descartado (o lixo) e posteriormente fazemos um lanche coletivo.

Enfim, a prática do Aikidô além do trabalho marcial e corporal, contribui também para construção de cidadãos de bem, responsáveis e produtivos para sociedade.

* Hellen Suely dos Santos Lima Paiva é graduada em Aikidô (Faixa-Preta 2º Grau – Nidan) pela Academia Central de Aikidô de Natal

Colaboração: www.aikidorn.com.br


A Respiração no Aikido – Um Caminho para a Harmonia – Por Maria Cristina Cuono Pereira

08/03/2010

“Para viver, precisamos respirar – em japonês ’kokyu’. Podemos sobreviver durante semanas sem comida, durante dias sem água, mas não podemos deixar de respirar por mais que alguns minutos.” – Mitsugi Saotome

Quando se inicia na prática do Aikido sempre se ouve do Sensei que tudo é fluido e que se deve trabalhar a circularidade para se obter energia e proteção… Esse aspecto, à primeira vista tão contraditório quando se fala em Artes Marciais – o que sempre recorre à idéia de ataques violentos em pontos vitais, reveste-se de importância capital.

Numa visão inicial, tem-se a sensação de que tudo isso não faz parte da realidade dessa arte marcial e que o necessário é, realmente, atacar o nosso oponente. Ledo engano.

Depois de alguns anos de prática, pode-se perceber toda essa circularidade, incansavelmente citada desde o início dos treinos e que mais importante do que atacar é esperar, controlar-se, buscar o equilíbrio e reforçar a proteção. Para proteger, é necessário respirar e se encher de energia qualificada, purificando cada célula do corpo.

Outrossim, com o benefício da respiração controlada, aprende-se a trabalhar a ansiedade de querer estar sempre tomando decisões precipitadas, interrompendo, com isso, o ciclo natural da energia dentro de cada um.

Quando se praticam atos violentos ou impensados, as conseqüências são logo notadas pelo excessivo desgaste, perdendo-se muito tempo e energia para, novamente, alcançar a harmonia e o equilíbrio, algo inacessível quando não se recupera a respiração e o autocontrole.

Os limites que podem ser atingidos em estados alterados, bem como a técnica que se deve utilizar para retornar ao estado de equilíbrio, dependem, antes de qualquer coisa, de se possuir conhecimento de suas próprias características. Quando se busca esse autoconhecimento, pode-se entender melhor toda a dinâmica dos movimentos que ocorrem, sempre, num macro e micro cosmos.

Nas técnicas do Aikido, todo o movimento se inicia a partir de nosso centro (micro) e se expande até envolver o outro praticante (uke) no mesmo caminho ao qual a energia vai se moldando (macro).

Dentro de todo o movimento de Aikido, sempre acontece esse pequeno e grande deslocamentos, envolvendo a capacidade de concentração na respiração. Quanto mais concentrados no fluxo respiratório dentro de si mesmos, mais se pode relaxar e ter uma consciência cada vez maior da cinemática envolvida nas técnicas.

Kokyu (respirar) é a palavra que define todos os movimentos dentro das espirais de energia trabalhadas através dos chakras e expandidas no movimento de cada técnica praticada no Aikido.

A respiração é extremamente importante para todo e qualquer movimento. Sempre que se esquece a forma correta de respirar, cansa-se mais rapidamente e se torna mais comum se desconcentrar no movimento.

Quando entendemos melhor o caminho percorrido pela respiração no nosso próprio corpo, entendemos o que é relaxamento. Se nos concentrarmos na nossa respiração e relaxarmos em cada movimento, conseguimos uma melhor desenvoltura nas técnicas e, consequentemente, um melhor condicionamento físico.

Quando não se entende o caminho percorrido pela energia da respiração no corpo, limita-se o seu desempenho, expõe-se às contusões e fraturas, além de não se aproveitar o melhor de todo o treinamento, que é o alongamento.

Ao oxigenar-se todo o corpo através de uma melhor respiração, relaxamento e alongamento em cada técnica praticada, sente-se uma sensível melhora na saúde.

Sentimo-nos mais dispostos, atentos e preparados para o dia a dia, as vicissitudes da rotina e para se vencer os maiores inimigos de qualquer um: suas próprias limitações e imperfeições.

No Aikido busca-se encontrar a verdade interior e somente se pode conhecê-la, por meio da busca incansável da perfeição. Superando cada vez mais os próprios limites, e através da respiração, expandindo a consciência para níveis cada vez mais elevados da compreensão do Universo.

Com uma maior concentração no caminho que a energia da respiração percorre no nosso interior, consegue-se superar os próprios limites, evoluindo e aprendendo cada vez mais intensamente. Nosso corpo fala e, através da respiração, consegue-se ouvi-lo e tudo ao seu tempo vai se modificando e melhorando.

Quando se percebe a necessidade de se estar atento à respiração, pode-se, realmente, começar a aprender o quê é o AIKIDO.

* Maria Cristina Cuono Pereira é graduada em Aikido (Faixa-Preta 3º Grau – Sandan) pela Academia Central de Aikido de Natal.

Colaboração: www.aikidorn.com.br


Aikidô Natal – 10 Anos de Aikidô – Novos Graduados da Academia Central de Natal/RN

24/11/2009

Conforme prometido, segue a lista dos novos graduados da Academia Central de Aikidô de Natal (em ordem alfabética). Os novos graduados receberam seus títulos na presença do Mestre Reishin Kawai, 8º Dan de Aikidô, introdutor e representante do Aikidô no Brasil e do Sensei Rodrigo Martins, Fundador da Academia de Aikidô de Natal em 1999.

O evento foi parte da comemoração dos 10 anos de Aikidô em Natal/RN. Participaram também do evento o Sensei Rogério Paudejuenas (PB), Sensei Henrique (PE), e o Sensei Daniel (BA).

Atualmente Sensei Rodrigo reside nos EUA e a Academia Central de Aikidô de Natal está sob a direção de seus seguidores mais antigos: Marco Antonio Rocha, James Araújo, Sérgio Pellissari e Gabriel Lopes.

NOVOS GRADUADOS

Shodan – Faixa-Preta 1° Grau

Alberto Sérgio G. Chagas

Beethoven Feitosa Gouveia

Cristiana Silva Barbosa

Cristiano Baia F. Araujo

Diego Fernandes Sales

Francisco A. Feitosa Junior

Francisco Laurentino Pontes

Frank Düesberg

José Francisco Cosme Silva

Leonardo Carneiro Ventura

Louise Leiros F. Siqueira

Luiz Augusto O. Souto

Marcos José Nascimento

Marcos William Pontes

Paulo Wanderley Sá Leitão Neto

Roberta Macedo Xavier

Nidan – Faixa-Preta 2° Grau

Hellen Suely dos S. L. Paiva

Marcelo Murilo G. dos Santos

Sandan – Faixa-Preta 3° Grau

Cristos Xenophon Aravanis

Israel Felix de Lima Junior

Marcus Vinicius Andrade Brasil

Maria Cristina Cuono Pereira

Maroni Costa Leitão

Giovanni Nóbrega de Paiva

Colaboração: www.aikidorn.com.br


Kawai Shihan em Natal/RN – 10 anos de Aikidô em Natal – Exames de Dan

09/11/2009

No final de semana dos dias 31/10/2009 a 02/11/2009, ocorreu na cidade Natal, estado do Rio Grande do Norte, as comemorações pelos 10 anos de Aikidô Kawai Shihan naquela capital. O evento deu-se na Academia Central de Aikidô de Natal com a presença do Sr. Reishin Kawai, 8º Dan de Aikidô e introdutor da arte no Brasil.

Dentre os convidados, além do Kawai Shihan e de sua filha Cristina Kawai, o evento contou com a presença de Rodrigo Martins Sensei, responsável pela Academia Central de Aikidô de Natal e pela introdução do Aikidô da linhagem do fundador Morihei Ueshiba na cidade do Natal e dos demais Sensei(s) da Academia de Natal (Marco Antonio, James Carlos, Sérgio Pellissari e Gabriel Lopes).

De outros estados vieram: Rogério Sensei, representando o estado da Paraíba; Henrique Sensei, representando Pernambuco e Daniel Sensei, representando a Bahia e colegas da Academia de Natal em outras cidades (São Paulo/SP, Parnamirim/RN, Mossoró/RN). Além dos ilustres convidados, alunos dos respectivos mestres compareceram ao evento.

O evento teve início no dia 31/10/2009 com um treino de abertura ministrado por Rodrigo Sensei. Após o treino, os participantes saíram em comitiva ao aeroporto da cidade do Natal (em Parnamirim) para fazer as boas vindas ao Mestre Reishin Kawai e sua filha Cristina.

No dia 01/11/2009, domingo, logo às 07:00h da manhã, os candidatos a aquisição de grau e mudança de grau já estavam perfilados no tatame da Academia Central de Aikidô de Natal para receber o avaliador Kawai Shihan. O exame se deu, como de costume, em uma atmosfera de confiança, alegria e descontração.

Após os exames, aqueles que participavam, foram prestigiar a presença do Mestre Kawai em um almoço no restaurante Sal e Brasa e depois, outra comitiva o levou ao aeroporto para seu retorno a São Paulo.

No final da tarde do mesmo dia, às 16:00h, os alunos da Academia Central de Aikidô de Natal e seus convidados participaram em peso do último treino do dia ministrado por Rodrigo Sensei.

Na noite do referido dia, por volta das 19:30h, deu-se a festa do evento comemorativo aos 10 anos de Aikidô em Natal com a participação no palco da Academia Central de Aikidô da violonista e aluna da Academia, a Srta. Mariana; apresentação da cantora e também aluna da Academia Central, Srta. Themis; da apresentação de Rodrigo Sensei, Leonardo (Ex Tricor), e Aleksej também alunos da Academia Central e Marco Antonio Sensei e seu filho Yuri.

Por fim, em 02/11/2009, segunda-feira, ocorreu às 08:00h da manhã, o treino de encerramento do evento com a presença dos alunos e dos convidados dos vários estados para encerrar as festividades dos 10 anos de Aikidô Kawai Shihan em Natal/RN.

Em breve será publicada a lista com os novos graduados da Academia Central de Aikidô de Natal.

 

Conheça o aikidô

Aikidô Kawai Shihan – União Sul Americana: www.aikidokawai.com.br

Aikidô em Natal: www.aikidorn.com.br

Aikidô em Pernambuco: www.aikidope.com.br

Aikidô na Paraíba: www.aikidopb.com

Aikidô na Bahia: www.aikidobahia.com.br

 

Colaboração: www.impressione.wordpress.com


Aikidô: luta japonesa desenvolve habilidades profissionais – Uol Economia

05/10/2009

O maior motivo para a tensão dos profissionais de TI (tecnologia da informação) é a instabilidade, típica da profissão. Para combater este mal, que leva ao estresse, os executivos da área apostam em atividades diferenciadas.

O Aikidô, arte marcial criada no Japão em 1942 e que ensina o espírito japonês de amor às forças da natureza, é um exemplo destas atividades. Além de promover o bem-estar, ela ainda capacita o profissional para o ambiente corporativo.

Vantagens da prática

Para o diretor comercial da CSF Storage – empresa de tecnologia – Moacir Ladeira, é uma luta essencialmente defensiva, baseada em movimentos fluidos e circulares que ajudam a desenvolver a disciplina e organização, por meio de técnicas que podem incluir armas como espadas, facas de madeira e bastão.

Para ele, é um verdadeiro exercício de autocontrole. “Aprendemos com paciência e com concentração a controlar os atos e avaliar os caminhos que queremos seguir e onde devemos chegar“, explicou.

Colaboração: http://economia.uol.com.br


Aprender com o Espírito – Por Makoto Nishida Sensei

30/09/2009

Existem vários estilos no Aikidô. Nos dojôs e em demonstrações, podemos ver que cada praticante possui um estilo diferente: movimentos lentos, movimentos rápidos, movimentos vigorosos, movimentos que parecem uma dança e muitos outros.

Mas, por quê? Isto porque o Aikidô é uma arte de grande amplitude. O objetivo do Aikidô não é impressionar os outros com a força física, mas sim expressar os movimentos do espírito através do corpo. Além do que os movimentos do Aikidô são relativos ao parceiro, ficando mais lento se o parceiro for lento ou mais rápido se o parceiro for mais rápido, e mais, os movimentos dependem das características físicas e dos pensamentos de cada um.

O fundador Morihei Ueshiba pregava severamente sobre a importância do espírito, mas parece que ele não enquadrava detalhadamente os movimentos. Entre as palavras do fundador existe uma que diz: “No Aikidô não existem formas. Não existindo formas, é tudo um aprendizado do espírito. Não se pode apegar às formas. Isto porque impossibilita a execução de movimentos delicados. A partir do corpo, tudo o que possui uma forma é chamado de “HAKU”. O espírito de tudo o que existe é chamado de “KON”, e nosso objetivo é aprender o aperfeiçoamento do “KON”. Hoje tudo é centralizado no “HAKU”, mas “KON” e “HAKU” sempre devem estar juntos. O “KON” é que deve controlar o “HAKU” “. Isto nos mostra que o ideal do Aikidô é de que o espírito é o principal, devendo o corpo se movimentar de acordo com o movimento do espírito.

Assim, todo o movimento oriundo do espírito do “Aiki” seria Aikidô. O problema é que sem uma forma determinada, é impossível aprender. Sendo assim, foram criadas técnicas básicas (KIHON), por exemplo: dai-itikyo, dai-nikyo, shiho-nague, etc. para que se possa treinar metodicamente. A partir do KIHON, devemos aprender os movimentos esféricos e por meio deste, sentir o Ki, para atingirmos a essência do Aiki. Este é o caminho indicado pelo fundador.

Vendo as demonstrações dos alto-graduados, apesar dos estilos diferentes, sempre existem movimentos circulares, o que nos impressiona. Os movimentos circulares são a manifestação do espírito do Aiki, sendo isto o princípio do Aikidô.

Existem vários dojôs de Aikidô, mas o importante é que o instrutor consiga ensinar os movimentos circulares através dos treinos básicos. O mais importante é aprender os movimentos circulares através do treino persistente do KIHON. O fundador disse “Eu sou o que sou hoje, pelos 60 anos que treinei o KIHON“. São palavras que advertem os que, sem saber o KIHON, tentar apenas imitar superficialmente as técnicas.

*Makoto Nishida – 6o. Dan de Aikidô – Representante de FEPAI

 

Colaboração: www.linseidojo.com.br  


24 toques para ser mais feliz – Por Roberto Shinyashiki

07/07/2009

01 – Seja ético.

A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança.

02 – Estude sempre e muito.

A glória pertence àqueles que têm um trabalho especial para oferecer.

03 – Acredite sempre no amor.

Não fomos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, está com a pessoa errada ou amando de uma forma ruim para você. Caso tenha se separado, curta a dor, mas se abra para outro amor.

04 – Seja grato(a) a quem participa de suas conquistas.

O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe. Agradecer é a melhor maneira de deixar os outros motivados.

05 – Eleve suas expectativas.

Pessoas com sonhos grandes obtêm energia para crescer. Os perdedores dizem: “isso não é para nós“. Os vencedores pensam em como realizar seu objetivo.

06 – Curta muito a sua companhia.

Casamento dá certo para quem não é dependente.

07 – Tenha metas claras.

A História da Humanidade é cheia de vidas desperdiçadas: amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam carreiras o sucesso, etc. Ter objetivos evita desperdícios de tempo, energia e dinheiro.

08 – Cuide bem do seu corpo.

Alimentação, sono e exercício são fundamentais para uma vida saudável. Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para os outros gostarem também.

09 – Declare o seu amor.

Cada vez mais devemos exercer o nosso direito de buscar o que queremos (sobretudo no amor). Mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais.

10 – Amplie os seus relacionamentos profissionais.

Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos.

11 – Seja simples.

Retire da sua vida tudo o que lhe dá trabalho e preocupação desnecessários.

12 – Não imite o modelo masculino do sucesso.

Os homens fizeram sucesso a custa de solidão e da restrição aos sentimentos. O preço tem sido alto: infartos e suicídios. Sem dúvida, temos mais a aprender com as mulheres do que elas conosco. Preserve a sensibilidade feminina – é mais natural e mais criativa 

13 – Tenha um orientador 

Viver sem é decidir na neblina, sabendo que o resultado só será conhecido, quando pouco resta a fazer. Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e mais bem sucedido, para lhe orientar nas decisões, caso precise.

14 – Jogue fora o vício da preocupação.

Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Bobagem … Defina suas metas, conquiste-as e deixe as neuras para quem gosta delas.

15 – O amor é um jogo cooperativo.

Se vocês estão juntos é para jogar no mesmo time.

16 – Tenha amigos vencedores.

Aproxime-se de pessoas com alegria de viver.

17 – Diga adeus a quem não o(a) merece.

Alimentar relacionamentos, que só trazem sofrimento é masoquismo, é atrapalhar sua vida. Não gaste vela com mau defunto. Se você estiver com um marido/mulher que não esteja compartilhando, empreste, venda, alugue, doe… e deixe o espaço livre para um novo amor.

18 – Resolva!

A mulher/homem do milênio vai limpar de sua vida as situações e os problemas desnecessários 

19 – Aceite o ritmo do amor.

Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o começo de muita frustração.

20 – Celebre as vitórias.

Compartilhe o sucesso, mesmo as pequenas conquistas, com pessoas queridas. Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes.

21 – Perdoe!

Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra, a gente também.

22 – Arrisque!

O amor não é para covardes. Quem fica a noite em casa sozinho, só terá que decidir que pizza pedir. E o único risco será o de engordar.

23 – Tenha uma vida espiritual.

Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer. Reze antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma. Oração e meditação são fontes de inspiração.

24 – Muita Paz, Harmonia e Amor.

sempre!

 

* Roberto Shinyashiki é Psiquiatra, palestrante e autor de 14 títulos.

Colaboração: www.pensador.info


Capacidade de Explorar o Mundo Interior – Por Roberto Shinyashiki

04/06/2009

Ficar em silêncio ajuda muito a escutar a voz da sua alma.

Você já ouviu a opinião de muitos autores a respeito da importância de seguir o seu coração. Eles têm razão: um caminho que não fale ao seu coração não alimentará a sua alma; e uma pessoa sem alma é um ser perdido no oceano da vida.

A exploração do nosso mundo interior ajuda a nos conhecer melhor e, portanto, a construir uma vida que tenha sentido. Fico muito triste quando converso com pessoas ricas e importantes que me confessam, quase chorando: é horrível ver que batalhei e consegui tantas coisas que queria, mas não sou feliz. O meu sacrifício não me deu felicidade.

É importante escutar a nós mesmos o tempo todo, para saber se estamos realizando objetivos que nascem do nosso coração. Só assim teremos certeza de que, no final da vida, não iremos nos martirizar com o arrependimento.

– Mas, Roberto, como conhecer a minha alma? Como escutar o meu coração?

Bem, a primeira dica é: faça a pergunta certa. Quando você faz a pergunta errada, o seu coração vai para muito longe. Quer um exemplo de pergunta errada? Suponha que o seu chefe foi duro com você e apontou vários problemas de desempenho no seu trabalho. Se você perguntar a si mesmo: “Por que meu chefe está me sacaneando?”, não vai encontrar uma resposta que lhe ajude a crescer.

Sentir-se vítima do seu chefe, em vez de analisar o próprio trabalho, vai deixar você distante da resposta que lhe interessa. Nesse momento o melhor é olhar para dentro de si, verificar em quais pontos o seu chefe tem razão, analisar suas atitudes e tentar melhorar o seu desempenho. Seu namorado terminou o relacionamento com você. Em vez de perguntar por que ele a sacaneou, seria mais interessante entrar em sintonia com os próprios sentimentos. Se a tristeza aparecer, o melhor é chorar em paz, e só depois analisar seu comportamento.

Talvez você se dê conta de que estava sendo muito crítica com seu namorado e, a partir daí, aprenda a admirar mais a pessoa que você ama, percebendo com isso o que pode melhorar em sua maneira de demonstrar amor. Se você fizer as perguntas certas, conseguirá aprender muito sobre si mesmo. Faça suas perguntas, mesmo que elas fiquem muito tempo sem resposta:

• O que é essencial para você?

• Qual é a sua meta profissional?

• Como gostaria de estar daqui a dez anos?

• O que você precisa fazer para realizar seus projetos?

• A sua vida está do melhor jeito que poderia estar neste momento?

A capacidade de explorar nosso mundo interior nos ajuda a tomar melhores decisões e a evitar problemas decorrentes da nossa maneira de ser. Quando tinha aproximadamente 20 anos eu era o rei das decisões impulsivas. Decidia comprar alguma coisa sem pensar e alguns dias depois tomava consciência de que tinha feito besteira.

Depois de algum tempo decidindo errado, prometi a mim mesmo que sempre me daria um prazo de uma semana para pensar antes de comprar qualquer coisa mais cara. Isso evitou que eu fizesse muitas bobagens. Conhecer-se melhor pode ajudá-lo a tomar decisões que lhe façam realmente crescer.

Certa vez um deputado que gostava muito do meu trabalho telefonou-me e convidou-me a assumir um cargo de diretor de um importante hospital público. Consegui pedir a ele um prazo de um dia antes de lhe dar a resposta, o que foi um grande sacrifício, pois a minha vontade era dizer sim na hora. Fiquei pensando sobre o assunto e me dei conta de que aceitar o convite para cuidar de um hospital não tinha o menor sentido, considerando a minha vocação de psiquiatra. O que eu gostava mesmo era de escutar as pessoas e ajudá-las a se realizar. Foi um alívio quando, no dia seguinte, liguei para dizer “não, obrigado!”. Minha alma celebrou a minha decisão.

Algumas vezes, sua rota precisa ser reajustada e você só descobrirá isso se souber conversar consigo mesmo. Ficar em silêncio ajuda muito a escutar a voz da sua alma.

Sabe quando rastreamos todos os arquivos e pastas do computador em busca de alguns vírus que possam ter invadido o sistema? Sabe quando navegamos pela internet e mantemos o antivírus acionado para impedir a entrada de elementos suspeitos? Na vida real, o autoconhecimento é nosso melhor antivírus. Para que você não perca todos os seus documentos nem tenha de configurar novamente sua máquina, pergunte-se sempre o que realmente importa em cada momento de sua vida.

* Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de 13 títulos.

Colaboração: http://shinyashiki.uol.com.br


Chico Xavier – O Homem que Respirava Caridade

08/05/2009

O médium falava com os mortos, psicografava mensagens e ouvia suas vozes, mas nunca esqueceu dos vivos. Chico tinha uma capacidade energética de transmitir paz e sensações de alívio. Sempre frequentava hospitais e centros de reabilitação, levando auxílio material, alimentos e principalmente fraternidade.

Com os portadores de hanseníase, fazia visitas constantes, distribuindo fartura em abraços, apertos de mão e sorrisos. Para os angustiados e desesperados, com idéias de suicídio, Chico sempre tinha palavras de afeto e de esperança.

Fato ocorrido com o espiríto de Hellen Keller, americana cega, surda e muda – famosa pela pregação em torno do otimismo, da alegria de viver e da fé em Deus – que falou através de Chico Xavier, ilustra isso. Quando da visita do médium a uma Colônia em Goiânia, consolou moça que havia tentado por duas vezes o suicídio. Foi aí que o espírito da americana falou: – Toda pessoa neste mundo deveria sofrer privações das faculdades pelo menos uma vez por semana e passar pelos maiores constrangimentos orgânicos, a fim de aprender a valorizar a vida.

Era o que Chico fazia, mesmo tendo ficado órfão de mãe aos cinco anos, com um olho cego, tendo enfartado duas vezes, e nunca reclamando do trabalho por fazer, mesmo na velhice.

Colaboração: www.diariodonordeste.com.br


Aikidô Natal – Academia Central – Exame de Faixa – Abril/2009

13/04/2009

Sábado, 18/04/2009, 16h, na Academia Central de Aikidô de Natal, acontecerá mais um evento de troca de faixas. O evento, além de exame de faixa serve como confraternização entre os alunos dos diversos horários, seus familiares e amigos. Compareça você também. Leve um prato de doce ou salgado, sua bebida (não alcoólica) e comemore a harmonia, energia e as realizações.

 

Local: Academia Central de Aikidô de Natal – ACAN

Dia e Hora: Sábado – 18/04/2009 – 16h

Endereço: Rua Professor João Ferreira de Melo – Capim Macio – Fundos do CCAB Sul

Telefone: (84) 3217-9182

Site: www.aikidorn.com.br

 

By IMPRESSÕES www.impressione.wordpress.com


Aikidô: diversidades – Por André Fettermann de Andrade

24/03/2009

Cada um tem seu motivo para começar a prática do Aikidô. E ao longo do tempo cada um também desenvolve seus próprios motivos para continuar treinando. E ainda mais, cada um desenvolve seu próprio tipo de treinamento.

 

Comecei no Aikidô há mais de 10 anos. Ao contrário da grande maioria eu não tinha nenhum motivo específico para começar a treinar. Apenas queria fazer alguma atividade física. Na época ainda não havia internet como hoje, e por isso foi difícil achar uma academia. Durante muito tempo foi exclusivamente por essa razão que treinava, mexer o corpo, suar um pouco. Mas depois que o meu professor deixou de dar aulas, nos deixando sem pai nem mãe, e tendo assumido um aluno dele mais graduado, comecei a mudar a minha perspectiva em relação à arte.

 

Foi nesta época que comecei a ler mais sobre o Aikidô. Passei a participar mais de seminários, encontros, treinos especiais. Foi também quando comecei a aplicar mais diretamente o que aprendia em aula, na minha vida. E também quando comecei a observar melhor os acontecimentos dentro do tatame. Para mim, aquela área delimitada pelas quatro linhas é um micro cosmo, um pequeno universo que representa toda a sociedade. Ali você encontra pessoas dos mais diversos tipos. Elas diferem não só em características básicas como altura, sexo, peso, aparência, mas principalmente na personalidade. Há os marrentos, os orgulhosos, os inseguros, os preguiçosos, os violentos, os desequilibrados, os animados, os bonzinhos, os malvados e maldosos.

 

Quantos não foram, não são e ainda serão aqueles que caem diante da mínima menção sua de fazer um determinado movimento e que apesar de avisados continuam com a mesma atitude. Por outro lado há aqueles que parecem feitos do metal mais pesado possível, que para serem movidos é necessário um guindaste. Existem aqueles que treinam de forma muito leve, basicamente uma dança. Por vezes alegando que assim o fazem por estarem em busca de um contato com o universo, porque querem desenvolver seu “ki”. Da mesma forma temos aqueles que treinam extremamente pesado, que estão “pouco se lixando” para essa baboseira de “ki”, de harmonia.

 

Não há problema nenhum nessas diferenças. O problema acontece quando esses mundos se encontram. Na verdade eles colidem. Vão acontecer reclamações dos dois lados quando isso acontece. “Pô, cara grosso, quase quebrou meu braço!”. “Não vou mais treinar com aquele pessoal não, eles atacam sem energia nenhuma!”. “Você está travando, têm que ficar mais solto.”. Quantas vezes já não ouvi isso. Quantas vezes já não falei isso.

 

Mas esta colisão só ocorre por falta de habilidade nossa em lidar com a diversidade. E se você já tiver uma certa graduação ou experiência na arte, mostra que você aprendeu pouquíssimo. E se você simplesmente não toma nenhuma atitude para reverter essa situação, mostra que você é um péssimo aikidoca. É necessário aprender a lidar e respeitar os limites de cada um.

 

Essas diferenças não podem ser encaradas como algo ruim. Pelo contrário, é justamente essa diversidade que torna a prática tão interessante, tão desafiadora, tão difícil. É isso que torna o Aikidô aplicável ao seu dia-a-dia.

 

Cada um tem o direito de escolher a sua forma de treinamento. Isso só não pode significar que o praticante deva ficar estacionado nesta forma. A medida que for crescendo dentro da arte ele deve buscar uma melhora, uma mudança dentro da sua prática. Se você cai por qualquer motivo, procure estudar a razão disso e na próxima vez já não “caia” tão fácil. Em algum momento você vai chegar ao ponto de saber que não dá mais para evitar e a queda é inevitável. Isso poupará muitas contusões. Se você é extremamente forte e gosta sempre de enfiar a cara do uke no chão, reconsidere, veja se isso é realmente necessário, será que apenas desequilibrá-lo e imobilizá-lo não é o bastante?

 

Alegar que é sempre necessário treinar para arrebentar de forma a se preparar para uma “situação real” não convence. Pelo simples motivo que no treino não é uma situação real. “Treino é treino, jogo é jogo”, já disseram. Quebrar o braço de alguém toda aula não se justifica como preparação para uma situação violenta que você possa vir a se deparar.

 

A busca da união com o universo e do desenvolvimento do “ki” também não devem ser usadas como justificativas para um treino “ballet”. Se assim você o fizer estará apenas se enganando achando que está adquirindo uma habilidade na arte além de atrapalhar os outros.

 

Há ainda um grupo mais que ainda não citei. São aqueles que tratam o Aikidô como religião. Uma busca espiritual não deve ser feita em cima do tatame. Ela deve ser feita em um templo, uma igreja, através de uma religião qualquer. O Aikidô não vai te dar respostas para questões existenciais. O Aikidô não possui uma filosofia, como tanto as pessoas gostam de dizer. Filosofia é o questionamento diante de valores e interpretações comumente aceitas, é a reflexão de idéias, análise, discussão. O que há no Aikidô é o reflexo das idéias de um homem, este sim muito religioso. O Aikidô é a parte física, por assim dizer, que junto com a religiosidade de cada um, seja esta qual for, pode conduzir à iluminação.

 

A harmonia do Aikidô vem de saber lidar com tudo e todos, saber transitar achando um ponto de equilíbrio. É saber usar a sua energia de forma adequada. Esse é o caminho proposto. É o de criar indivíduos capazes de agir adequadamente diante de qualquer situação, tornando-os assim capazes de viver e criar uma sociedade melhor.

 

Acredito que nada disso seja novidade. São coisas óbvias, mas que por isso mesmo é sempre bom sermos lembrados delas.

 

André Fettermann de Andrade – EMA – Escola Meirelles de Aikidô – http://www.escoladeaikido.com.br

 

Colaboração: http://mastruz.multiply.com/journal


Aikidô – Por Alberto Luciano Brito Lessa – 10 Anos da Academia Central de Aikidô de Natal

13/03/2009

Há muito tempo atrás em uma terra distante… brincadeira. Foi a aproximadamente uns 6 anos que conheci o Aikidô por intermédio do Daniel Dantas, hoje casado com Daniele que ele havia conhecido no dojô (o casal Dan Dan para quem lembrar). E lembro que depois de muita insistência, muitos filmes e histórias sobre o Aikidô, resolvi ir conferir essa arte marcial de que tanto tinha ouvido falar. Ao chegar no dojô, lembro como se fosse hoje, senti uma ótima sensação no lugar, para dizer a verdade eu me senti em paz, estranho admito, mas foi o que senti. Quando entrei achei esquisito a reverência feita pelo meu amigo a uma foto na parede e vi que todos que entravam e saiam do lugar faziam o mesmo, então perguntei: “Bicho que esquema é esse de reverência? É uma religião isso?” Foi me explicado que a reverência era uma forma de demonstrar respeito para com o fundador da arte, achei bem legal esse lance de mostrar respeito para com as raízes do Aikidô. Na ocasião estava ocorrendo aula de Sensei Marco e ao me aproximar do tatame Daniel foi falando nomes estranhos: “Olha, esse rolamento é chamado Mae Kaiten Ukemi e esse é  Ushiro Hanten Ukemi…” dentre outros nomes que na época achei estranhíssimo e perguntei se tínhamos que ficar decorando tais nomes, ele explicou que os nomes são a descrição dos movimentos e que com o tempo aprenderia os seus significados.

 

Daniel levou-me para conhecer os Sensei(s) que estavam conversando no escritório do dojô, Sensei James e Sensei Sérgio, eles chegaram e foram dando logo um abraço, achei isso muito esquisito, mas todos no dojô se cumprimentavam com grandes abraços, não tinha, até então, o costume de abraçar as pessoas, mudei isto depois de começar a treinar, pois o abraço é uma ótima forma de transmitir energia ao próximo e equilibrá-la. Os Sensei(s) me explicaram um pouco sobre a arte e sobre o funcionamento do dojô e fui logo convidado a treinar. Quando respondi de não tinha uma roupa para participar, Daniel logo tirou uma roupa e disse: “Usa o meu dôgi, tenho três!.” Pensei “ Dôgi? Que danado é dôgi??, lembro. Então vesti o dôgi e fui para o tatame participar da aula de Sensei James.

 

Para mim, foi muito engraçado a primeira aula, pois não acertava os rolamentos nem os movimentos, no entanto, Daniel e Sensei James se mostraram bem atenciosos em passar as técnicas. Lembro que logo nos primeiros alongamentos percebi o quanto estava sedentário e o quanto eles me seriam úteis.

 

No fim do treinamento estava acabado, mas muito motivado com as possibilidades que o treino me oferecia. Lembro também que achei muito estranho as pessoas se abraçarem no final de cada treino, como disse anteriormente, não tinha este costume, mas achei bem legal esta troca de energias. No caminho de volta indaguei meu amigo: “Cara eu estou precisando de uma atividade física para perder peso e acho que esse tal de Aikidô deve servir, mas eu não dei nem um chute! Que arte marcial é esta que não tem nem um chute!? Como vou exercitar minhas pernas?” Ele riu e disse “Espere amanhã e me diga como estão suas pernas. E enquanto ao chute, não se preocupe, pois você não vai precisar dele. O praticante de Aikidô trabalha em cima da energia recebida por ele de seu parceiro, então quanto mais energia melhor a técnica, então imagine o que poderia ser feito a alguém que chutasse uma Sensei de Aikidô?”. Como não tinha conhecimento sobre as técnicas, na minha mente não veio nada, foi um branco total!!! .Na manhã seguinte minhas pernas pareciam de chumbo, morava, na ocasião no quarto andar de um prédio sem elevador, foi um verdadeiro martírio descer e subir as escadas naquele dia. Mas estava decidido a continuar a praticar uma atividade que tinha se mostrado muito prazerosa…

 

O tempo foi passando e continuei praticando até atingir a faixa azul e dos vários momentos vividos no treino vou destacar alguns:

 

– Primeiro exame de faixa:

 

Na época era puro nervosismo, lembro que minha mão tremia muito, principalmente na hora dos Shomen-Uti e companhia… Era todo duro e para realizar cada movimento parecia que estava arrastando uma montanha de tão tenso.

 

– Último exame de faixa:

 

Na época Sensei Rodrigo estava no dojô e eram somente 3 faixas verdes, contando comigo, para realizar o exame para faixa azul. Quando chegou nossa vez, depois de muito tempo esperando, diga-se de passagem, eram muitos alunos na troca de faixa. Sensei Rodrigo olhou, viu que nosso exame iria demorar muito, pois teríamos que nos revezar para apresentar as várias técnicas necessárias e propôs que os Sensei(s) fossem os uke, nesta hora quase tive um infarto, e o mesmo se prontificou para ser um dos uke dizendo: “Alguém que fazer o exame comigo?”, com estava na sua frente e logo o chamei para ser meu uke, o que aceitou com o sorriso de sempre. E de repente apareceu um monte de câmeras e filmadoras apontadas para nós, pois Sensei Rodrigo é o fundador da Academia na cidade, pense como fiquei nervoso nesse momento!!. Mas o exame transcorreu normalmente, apesar de umas escorregas aqui e acolá.

 

– “Caída de ficha”, sabe aquele momento que após uma dica as coisas parecem mais claras? Estes foram alguns deles.

 

Redondo…” – Sensei Gabriel ao ver minha dificuldade em realizar os rolamentos, parecia um paralelepípedo “rolando”. Depois desse toque senti que meus rolamentos ficaram mais “redondos” mesmo.

 

 Feche os olhos e pense que está andando em pé...” – Sensei Marcos ao ver minha dificuldade em realizar o Shikko. Depois desse toque não tive mais dificuldades em realizar o movimento.

 

Vazio” – O Sensei Sérgio estava demonstrando uma técnica em Suwari Waza onde eu, como seu uke, precisava aplicar força em uma pegada no punho e o Sensei com um rápido movimento me projetou para longe caindo em rolamento a uma boa distância atrás dele. Nesse movimento senti realmente um vazio, vazio este que traga a pessoa e neste momento somos completamente conduzidos para onde o Sensei desejar. Foi um momento muito importante, pois percebi a “esfera dinâmica” em pleno funcionamento.

 

ALBERTO LUCIANO BRITO LESSA – 2º Kyu (Faixa-Azul) de Aikidô – a mais de 2 anos afastado… sei que vou voltar.


Os Cinco Espíritos do Budô – Por Dan Penrod

27/02/2009

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Shoshin: (初心) Mente de principiante;

Zanshin: (残心) Mente que permanece;

Mushin: (無心) Não Mente ;

Fudoshin: (不動心) Mente Imóvel;

Senshin: (先心) Espírito Purificado, atitude iluminada.

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Existem 5 mentes fundamentais ou espíritos do Budô; shoshin, zanshin, mushin, fudoshin, e senshin. Estes conceitos muito antigos são geralmente ignorados nos dojô(s) modernos de Aikidô. O budoka que se esforça para compreender as lições destes 5 espíritos em seu coração amadurecerá para se tornar um artista marcial e um ser humano forte e competente. O aluno que não se esforça para conhecer e receber estes espíritos sempre terá uma falha em seu treinamento.

 

Shoshin 

O estado de shoshin é aquele da mente de principiante. É um estado de atenção que permanece sempre completamente consciente, atento e preparado para ver coisas pela primeira vez. A atitude de shoshin é essencial para continuar o aprendizado. O-Sensei uma vez disse, “Não espere que eu lhe ensine. Você deve roubar as técnicas sozinho”. O aluno deve ter um papel ativo em cada aula, observando com a mente shoshin, para conseguir roubar a lição de cada dia.

 

Zanshin 

O espírito de zanshin é o estado do espírito que permanece, que continua. É freqüentemente descrito como um estado continuado de atenção aumentada e de decisão. Mas o verdadeiro zanshin é um estado de foco ou concentração antes, durante e depois da execução de uma técnica, em que uma ligação ou conexão entre o uke e o nage é mantida. Zanshin é o estado da mente que nos permite permanecer espiritualmente conectados, não apenas a um único atacante, mas a múltiplos atacantes e mesmo a um contexto completo; um espaço, um tempo, um evento.

 

Mushin 

O manual da ASU define mushin como a “Não mente, uma mente sem ego. Uma mente como um espelho que reflete e não julga”. O termo original era “mushin no shin”, que significa “mente da não mente.” É um estado mental sem medo, raiva ou ansiedade. Mushin é freqüentemente descrito pela frase, “mizu no kokoro”, que significa “mente como a água”. Esta frase é uma metáfora que descreve o lago que reflete claramente o que o cerca quando suas águas estão calmas, mas as imagens são obscurecidas quando uma pedra é jogada em suas águas.

 

Fudoshin 

Uma mente que não é abalada e um espírito que não se move é o estado de fudoshin. É a coragem e a estabilidade demonstradas mentalmente e fisicamente. Mas ao invés de indicar rigidez e inflexibilidade, fudoshin descreve uma condição que não é facilmente transtornada por pensamentos internos ou por forças externas. É capaz de receber um ataque forte e manter a postura e o equilíbrio. Recebe e devolve com leveza, está firmemente aterrado, e reflete a agressão de volta à sua fonte.

 

Senshin 

Senshin é o espírito que transcende os primeiros quatro estados da mente. É um espírito que protege e se harmoniza com o universo. Senshin é um espírito de compaixão que abraça e serve a toda a humanidade e cuja função é reconciliar e dissipar a discórdia no mundo. Ele considera que todos os tipos de vida são sagrados. É e mente de Buda e é a percepção de O-Sensei da função do Aikidô.

Aceitar completamente o senshin é essencialmente a mesma coisa que se tornar iluminado, e pode ir muito além da abrangência do treinamento diário do Aikidô. Entretanto, os primeiros 4 espíritos são provavelmente atingíveis por qualquer aluno sério através de atenção concentrada e treinamento firme. Abraçar estes estados da mente pode ser recompensador de diversas formas.

Shoshin pode libertar um aluno do “vale” frustrante do aprendizado, dando-lhe a visão para enxergar o que ele não poderia ver antes. Zanshin pode aumentar a atenção total, melhorando o treinamento de randori e de estilo livre. Mushin pode liberar a ansiedade do aluno quando está sob pressão, capacitando-o para uma performance melhor durante um exame. Fudoshin, pode lhe dar a confiança para proteger seu território em face de ataques físicos esmagadores.

O Aikidoka sério deve encontrar formas de incorporar estes espíritos do Budô em seu treinamento diário

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Tradução: Jaqueline Sá Freire – Brazil Aikikai – Hikari Dojo – Rio de Janeiro

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Colaboração:

www.impressione.wordpress.com

http://hikari1.multiply.com

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