As Crianças e Chico Xavier

29/05/2009

Chico acreditava que a solução da delinqüência estava dentro do lar, da família e que o ato de fazer um aborto é imoral.

Com as crianças Chico tinha um magnetismo incomum. Elas adoravam o mineiro, que sempre tinha os braços abertos para abraçá-las, com carinho e atenção.

Muito se fala sobre delinqüência juvenil, mas este problema não é de hoje. Chico Xavier psicografou livro com texto do espírito Emmanuel em “À Sombra do Abacateiro”, de Carlos A. Baccelli.

Depois da luta da criança considerada em penúria, apareceu para nós a luta da criança demasiadamente livre nos primeiros anos da existência…Há muitos desequilíbrios, embora sejam descendentes de lares muito abastados. Essas outras crianças crescem revoltadas pela ausência de carinho; às vezes, sofrem o abandono, mesmo dos avós que não se interessam pelos netos… De um lado, as crianças em penúria; de outro lado, as que estão mais ou menos atendidas, ou às vezes altamente atendidas em suas necessidades…Hoje ouvimos falar de muitos crimes efetuados por meninos de 10, 14 anos… Deveríamos tratar de códigos que dessem a maioridade aos 14 anos. A criança é chamada a memorizar as suas vidas passadas muito depressa, motivada pela televisão, etc. Precisávamos da criação de leis que ajudem a criança a não se fazer delinqüente nem viciada. O governo não pode ser responsável por todas as nossas modalidades de penúria; não podemos exigir que os ministros venham a fazer intervenções em nossas vidas familiares. O problema da penúria é nosso. (…) Não temos uma disposição muito ativa em torno da criança considerada desvalida; nós fazemos distribuições anuais, mas nos esquecemos que criança, tal qual nos acontece, almoça todo dia, estuda todo dia, toma banho todo dia… De um lado, a criança em penúria; de outro, a criança abandonada pelos pais…”, escreveu ele.

Chico contou certa vez que no Japão existia, há algum tempo, um surto muito grande de delinqüência. O próprio governo sentia-se incapaz de conter aquela expansão infeliz… Foi quando um grupo de senhoras sugeriu que, nas cidades, as famílias se reunissem, em grupos de cinco a dez famílias, para debaterem o problema. A idéia tomou vulto. Quase que o Japão inteiro começou a reunir-se, semanalmente, discutindo o que se poderia fazer pela criança, pelos reeducandos, para que a idéia do crime diminuísse. Em dois anos, o índice de delinqüência juvenil diminuiu em 80%.

Colaboração: www.diariodonordeste.com.br

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Histórias Curiosas de Chico Xavier

26/05/2009

No Presídio

 
O assunto girava em torno de uma visita a um presídio na cidade de São Paulo, que um grupo de amigos havia realizado, juntamente com o Chico. Estávamos, sábado à tarde, no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba (MG), e era lembrado o ocorrido… 

Dizia-nos o Chico, muito feliz, que recebera calorosos abraços de aproximadamente quatro mil internos daquela casa de correção. – Imagine – começou a sorrir – que, depois de receber tantos tapinhas, eu tinha as costas doloridas…

Um moço que havia participado daquele trabalho indaga: – Chico, você viu muitos espíritos obsessores lá no presídio? – Não! – respondeu ele. Não vi obsessores. Vi, sim, muitos benfeitores amigos, muitas mães. Já não há obsessores, não! Eles já fizeram o que queriam!…

Nós, que ouvimos aquela resposta, quedamos, surpreendidos pela lógica convincente.

Na Pescaria

Com a vida totalmente dedicada à divulgação doutrinária e à caridade, alguns amigos, pensando em distraí-lo, resolveram convidá-lo para uma pescaria. O convite, a princípio, foi educadamente rejeitado, mas devido à insistência, não podendo mais sustentar a recusa por não querer magoá-los, acabou por aceitá-lo.

Era uma bela manhã, lá foi o Chico demonstrar suas ocultas qualidades de grande pescador. Acocorado no barranco do rio, ao lado dos amigos que já faziam grande sucesso pelo número de peixes fisgados, depois de muitas horas sem ter pego um lambarí sequer, o fato começou a despertar curiosidade, pois os peixes passavam rente à sua linha e nenhum mordia a isca: era um fenômeno estranho! Os amigos, não suportando mais aquela esquisita situação, resolveram interpelá-lo. Ele, por sua vez, satisfazendo a curiosidade geral, disse-lhes que aceitara o convite e, por isso, ali estava, mas não tinha colocado isca no anzol porque não pretendia incomodar os peixinhos…

Aceitação

Já era madrugada quando a sessão terminou e a multidão continuava cercando o Chico, enquanto ele caminhava com dificuldade em direção ao carro. Uns perguntavam sobre parentes desencarnados, outros pediam-lhe autógrafos, outros beijavam-lhe as mãos, outros o rosto, muitos entregavam-lhe cartas, mães traziam-lhes os filhinhos para que ele os tocasse. Quando conseguimos colocá-lo no carro, perguntei-lhe: -Chico, como é possível ter tanta paz em meio a tanto tumulto? – Aceitação.

 

Colaboração: www.diariodonordeste.com.br


Chico Xavier – O Homem que Respirava Caridade

08/05/2009

O médium falava com os mortos, psicografava mensagens e ouvia suas vozes, mas nunca esqueceu dos vivos. Chico tinha uma capacidade energética de transmitir paz e sensações de alívio. Sempre frequentava hospitais e centros de reabilitação, levando auxílio material, alimentos e principalmente fraternidade.

Com os portadores de hanseníase, fazia visitas constantes, distribuindo fartura em abraços, apertos de mão e sorrisos. Para os angustiados e desesperados, com idéias de suicídio, Chico sempre tinha palavras de afeto e de esperança.

Fato ocorrido com o espiríto de Hellen Keller, americana cega, surda e muda – famosa pela pregação em torno do otimismo, da alegria de viver e da fé em Deus – que falou através de Chico Xavier, ilustra isso. Quando da visita do médium a uma Colônia em Goiânia, consolou moça que havia tentado por duas vezes o suicídio. Foi aí que o espírito da americana falou: – Toda pessoa neste mundo deveria sofrer privações das faculdades pelo menos uma vez por semana e passar pelos maiores constrangimentos orgânicos, a fim de aprender a valorizar a vida.

Era o que Chico fazia, mesmo tendo ficado órfão de mãe aos cinco anos, com um olho cego, tendo enfartado duas vezes, e nunca reclamando do trabalho por fazer, mesmo na velhice.

Colaboração: www.diariodonordeste.com.br


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