SOKAKU TAKEDA e MORIHEI UESHIBA – Por Kisshomaru Ueshiba

26/02/2015

Sokaku Takeda está registrado na história do budo moderno como o transmissor do Daito-ryu Jujutsu. Ele era uma pessoa inspiradora com uma aparência formidável e, embora tivesse cerca de 2 centímetros a menos que o O-Sensei, ele sempre parecia olhar para baixo, e para as coisas, com um olhar misteriosamente penetrante, acompanhado por uma carranca de boca fechada devido à sua falta dos dentes da frente. Diz-se que Onisaburo Deguchi, que tinha a reputação de ser capaz de dizer a sorte das pessoas, uma vez disse a Takeda que mesmo que ele tivesse dominado um “Caminho”, ele era um homem com o cheiro de sangue e um destino infeliz. Mestre Deguchi muitas vezes se perguntou por que Ueshiba era tão subserviente à Takeda, e essa atitude foi um ponto de irritação para o líder religioso. Mas Ueshiba foi sempre fiel à etiqueta e era grato ao seu professor, para quem ele sempre tentou atender às demandas.

Foi em fevereiro de 1915, enquanto visitava Engaru em Kitami que O-Sensei conheceu Takeda. Ambos foram se hospedar no mesmo hotel e eles se encontraram nos corredores da pousada. Ueshiba, que na época tinha cerca de 30 anos, estudou com ele na estalagem por um mês, mas enquanto ele estava sendo ensinado ele sentiu algum tipo de inspiração, que espiritualmente ele não entendeu muito bem, então ele convidou Takeda para ir com ele à área de Shirataki onde cerca de 15 de deshi e servos de Ueshiba receberiam as instruções de Takeda no Daito-ryu. Mais tarde, quando perguntado a ele se enquanto estudava o Daito-ryu lhe havia vindo a inspíração para o Aikido, O-Sensei balançou a cabeça, “- Não”, e disse: “- Eu diria que a Takeda Sensei abriu meus olhos para budo”.

Quando se conheceram, Sokaku apresentou-se dizendo: “- Eu sou Sokaku Takeda.” O-Sensei reconheceu o nome, porque antes ele havia lutado e derrotado um enorme lutador de sumô de Kitami Ridge, e naquela época ele tinha sido perguntado se ele era Takeda. De acordo com o Sumo Ozeki (o segundo mais alto posto em Sumo) a quem ele havia derrotado, Takeda era um homem do budo, de classificação samurai, que tinha vindo para Hokkaido a convite de um de seus alunos. Foi esse incidente que tinha familiarizado O-Sensei com o nome de Takeda.

Este foi o início da ligação longa e decisiva entre os dois homens. Após a reunião, Takeda convidou Morihei para o quarto dele, onde eles conversaram a noite toda. Foi então que Morihei percebeu o grande conhecimento do budo possuído por este personagem formidável. Quando Ueshiba pediu para ser instruído em Daito-ryu jujutsu, algo completamente novo para ele, Takeda imediatamente o convidou para permanecer na estalagem. Parece que ele percebeu que Ueshiba tinha treinado duro e tinha um grande potencial.

O-Sensei ficou muito impressionado com as técnicas secretas de Daito-ryu que ele viu pela primeira vez durante esse mês de sessões de treinamento intensivo de um dia inteiro. Mais tarde, ele recebeu um pergaminho de transmissão que listou 188 técnicas gerais, 30 técnicas de aiki, e 36 ensinamentos secretos. Ele estava bastante surpreso com o enorme número de variações que tinha sido dado a ele.

As técnicas de Daito-ryu foram mais práticas do que as do Jujutsu que ele havia aprendido até aquele momento, e a eficácia violenta das técnicas de bloqueio bem como os ataques aos pontos vitais (atemi) eram algo novo para ele. Embora Morihei fosse fisicamente mais forte do que Takeda, ele era impotente em face de controle técnico do seu professor. Morihei tornou-se profundamente absorvido em pesquisar essas técnicas secretas, mas depois de cerca de um mês ele retornou à Shirataki.

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Mestre Sokaku Takeda e o Daito-ryu. 

Daito-ryu jujutsu é uma arte marcial tradicional do clã Takeda. O fundador foi Shinra Saburo Yoshimitsu a partir da linha Seiwa Genji (um ramo principal do clã Minamoto). O nome do sistema pode ter sido tirado da “Mansão Daito” em Shiga, onde o treinamento acontecia. A tradição foi transmitida na família Kai Takeda e quando Lord Takeda Tosa Kunitsugu foi nomeado para ser o senhor de “Aizu Han”, foi ele quem trouxe para Aizu. As técnicas mantiveram-se secretas nesse domínio até o final do período feudal em 1860. Sokaku tinha sido destaque em artes marciais quando jovem e foi chamado de gênio com a espada. Uma história conta que Takeda matou muitos desafiantes, e ele iria se vangloriar disso a Ueshiba. Parece no entanto, que depois de um tempo definiu que a espada seria absorvida na tradição Daito-ryu Jujutsu. Em 1898, ele recebeu a licença de um mestre nas técnicas secretas. Isto foi como Takeda tornou-se um transmissor (em japonês, literalmente, um “fundador do meio”) da tradição Daito. Depois disso, ele viajou para vários lugares para ensinar e difundir o Daito-ryu e, eventualmente, fez o seu caminho para Hokkaido.

Durante os anos O-Sensei tratou Takeda com muita humildade e educadamente, e fez o seu melhor para serví-lo até sua morte em 1943. Durante muito tempo Takeda viveu e ensinou na área de Shirataki, Morihei cuidou dele completamente sozinho e apesar do fato de que ele estava em uma posição de grande respeito na comunidade, ele voluntariou-se fazendo trabalhos humildes fora de suas atribuições. Era a crença de O-Sensei que a devoção total ao seu professor era simplesmente a etiqueta correta ou esperada, uma vez que tinha recebido instruções dele. Em referência ao acontecido, o segundo Dosshu Kisshomaru disse: “- Não consigo pensar em ninguém que realizou o decoro e a etiqueta em grau mais elevado do que ele (O-Sensei). É por isso que o fundador foi capaz de desenvolver a capacidade de impor respeito como o próprio professor “.

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Bushidô – O Caminho do Guerreiro

03/06/2013

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Bushido (武士道) significa, literalmente, “caminho do guerreiro” – era um código de conduta não escrito e um modo de vida para os Samurai (a classe guerreira do Japão feudal ou bushi), que fornecia parâmetros para esse guerreiro viver e morrer com honra. O ideograma “do” (道), no sentido utilizado no termo japonês Bushido, é equivalente à forma chinesa “Tao”, e exprime o conceito filosófico de absoluto. Este conceito traz a ideia de origem, princípio e essência de todas coisas. 

O maior princípio do Bushido era buscar uma morte com dignidade, conforme expresso no Hagakure – “oculto nas folhas”, um dos mais importantes tratados acerca do Bushido, escrito por Yamamoto Tsunetomo, um samurai da província de Nabeshima, atual Saga, em 1716.

Um samurai jamais poderia se entregar e deveria estar sempre preparado para a morte. Além disso, a honra do samurai, de seus antepassados e de seu senhor deveria ser preservada por ele. Outros aspectos importantes é que um samurai jamais pode fugir de uma luta. Mesmo apenas um samurai contra um exército de oponentes, ele não pode abandonar a luta. O samurai também deve estar sempre do lado da justiça e ter compaixão com seu inimigo derrotado ou mais fraco. Lealdade, etiqueta, educação e noção de gratidão eram outras coisas que o Bushido pregava. Um samurai honrado deveria ser leal ao seu daimyo (senhor feudal), Shogun e Imperador.

No geral, guerreiro é aquele que busca seu próprio caminho. Muitas pessoas podem estar perfeitamente buscando o caminho sem saber disso. Guerreiro é a pessoa que tem um objetivo, e que por meio deste, passa a ter consciência de seu dom e suas limitações. Através dessa consciência, o guerreiro atinge sua meta, combinada com a vontade de vencer fraquezas, temores e limitações.

Cada pessoa trilha seu próprio caminho, já que existem vários caminhos: como o caminho da cura pelo médico, o caminho da literatura pelo poeta ou escritor, e muitas outras artes e habilidades. Cada pessoa pratica de acordo com a sua inclinação. Por isso pode-se chamar de guerreiro, aquele que segue seu caminho específico.

Porém, no bushido, a palavra guerreiro significa muito mais do que isso. O termo bushi não pode ser designado a qualquer um. O bushi é diferente, pois seus estudos do caminho baseiam-se em superar os homens. A casta guerreira se distingue das demais por sua fidelidade e honra, a palavra do guerreiro vale mais do que tudo.

O caminho do guerreiro é o caminho da pena e da espada, esse conceito vem do antigo Japão feudal e determinava que o guerreiro (bushi) dominasse tanto a arte da guerra quanto a da leitura, e que ele deve apreciar ambas as artes. O bushi deve aprender o caminho de todas as profissões; se informar sobre todos os assuntos; apreciar as artes e quando não estiver ocupado em suas obrigações militares, deverá estar sempre praticando algo, seja a leitura ou a escrita, armazenando em sua mente a história antiga e o conhecimento geral, comportando-se bem a todo momento para ter uma postura digna de um samurai, tudo isso sem desviar do verdadeiro caminho, o bushido.

A etiqueta deve ser seguida, todos os dias da vida cotidiana, assim como na guerra pelos samurais. Sinceridade e honestidade são as virtudes que avaliam suas vidas. Transcender um pacto de fidelidade completa e confiança esta ligada à dignidade. Os samurais também precisavam ter autocontrole, desapego e austeridade para manter a sua honra, em função disso, podemos dizer que o samurai é o guerreiro completo e seu código de honra – o bushido – tem forte influência no estilo de vida do povo japonês.

Para o bushido, exige-se que a conduta de um homem seja correta em todos os sentidos, dessa forma, a preguiça é um mal que deve ser abominado. Mas existem problemas quando a pessoa se apoia no futuro, pois torna-se preguiçosa e indolente, já que deixa para amanhã, aquilo que poderia ser feito hoje. Pessoas que agem dessa maneira, não seguem o verdadeiro preceito do bushido, que de um modo geral, é a aceitação resoluta da morte e esta pode chegar a qualquer momento.

Se o guerreiro tem plena consciência da morte, evitará conflitos, estará livre de doenças, além de ter uma personalidade com muitas qualidades e diferenciada às dos demais seres humanos. O guerreiro vive o presente sem se preocupar com o amanhã, de modo que quando contempla as pessoas, sente como se nunca mais fosse vê-los novamente, e, portanto, seu dever e consideração as pessoas, serão profundamente sinceros. O verdadeiro guerreiro é aquele que aceita a morte; dessa maneira, ele não irá se meter em discussões desnecessárias que venham a provocar um conflito maior, já que assim ele pode acabar matando ou sendo morto; esta última poderia resultar em sua desonra ou afligiria a reputação e nome de sua família.

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Os homens devem moldar seu caminho. A partir do momento em que você ver o caminho em tudo o que fizer, você se tornará o caminho”. Miyamoto Musashi (1584 – 1645)

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Credo de um Samurai – Por Sensei Hibino Raifu Masayuki

29/05/2013

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O Sensei Hibino Raifu Masayuki foi o fundador do estilo Shinto Ryu Iaido. E certa vez, disse ele:

 

 “A sua fome não deve controlar as palavras que saem da sua boca.

A sua dor não deve controlar a expressão da sua face.

A sua tristeza não deve controlar a energia que emana do seu corpo.

A sua ira não deve controlar as ações de sua mente.

Não permita que os imprevistos incutam temor no seu coração.

Não permita que o dinheiro insufle apego no seu coração.

Não permita que a comida e a bebida façam de você um escravo.

Mantenha a retidão e não se desvie do caminho.

Faça o que deve ser feito e não se vanglorie dos seus atos.

Que a grandeza da sua pessoa seja vasta como o mar.

Que a determinação em seguir os preceitos seja firme como uma rocha.

Que o estado do seu espírito seja limpo como uma pérola.

Que o caminho que você percorre seja o caminho que os sábios do passado percorreram.

Seja estoico, rigoroso e negue a si mesmo. Mas ao mesmo tempo seja elegante, tolerante e vivaz.

Seja indômito. Mas ao mesmo tempo, seja gentil e humilde.(…)”

 

Sobre o estilo Shinto Ryu 

O Shinto Ryu foi oficialmente fundado na era Edo, em 1864 por Hibino Raifu. Hibino Masayoshi nasceu em Kagoshima, Kyushu (uma das ilhas no Japão). Aos 5 anos mudou-se para a província de Saitama Ken e iniciou seus estudos de Iai e Kenjutsu. Aos 16 anos começou a aceitar alunos. Após sua fundação, o Shinto Ryu começou a se expandir por todo Japão, com suporte tanto para o lado militar quanto para as comunidades culturais.

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O Hakama

22/05/2013

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O hakama é a calça parecida com uma saia que alguns aikidocas usam. É uma peça tradicional da vestimenta de um samurai. O gi (vestimenta) padrão usado em aikidô bem como em outras artes marciais tais como judô ou karatê-dô era originalmente uma roupa de baixo. Vestir o hakama é parte da tradição do Aikidô (em muitas escolas).

O hakama era no princípio uma proteção para as pernas dos cavaleiros contra atritos, arranhões etc. – não muito diferente das calças de couro usadas pelos cowboys americanos ou pelos vaqueiros sertanejos. O couro era muito difícil de encontrar no Japão, um país sem pecuária, assim o tecido pesado era usado em seu lugar. Após a transformação dos samurais em combatentes desmontados, atuando mais a pé, o hakama continuou sendo usado porque isso os distinguia em meio à tropa e os tornava mais facilmente identificáveis.

Porém havia diferenças de estilo nos hakamas. O tipo usado hoje em dia pelos praticantes de artes marciais – com “pernas” – é chamado de “joba hakama” (ao pé da letra, utensílio para montagem a cavalo o qual alguém calça). Havia uma versão de hakama que parecia um tipo de saia em forma de tubo – sem pernas – e ainda um terceiro tipo que era uma versão longa do segundo. Ele era vestido nas visitas ao Shogun ou ao Imperador. Media habitualmente 3,6 a 4,5 metros de comprimento e era dobrado repetidamente e colocado entre os pés e a parte posterior do corpo do visitante. Isto fazia com que ele necessitasse shikko – “caminhar ajoelhado” – para sua audiência e dificultava bastante para alguém esconder uma arma ou erguer-se rapidamente para um ataque.

Em muitas escolas, apenas os faixas-pretas vestem hakama, em outras, todas as pessoas o fazem. Em algumas as mulheres podem iniciar seu uso antes dos homens (geralmente o motivo dado é a modéstia – recato – feminina – lembremos que o gi era originalmente roupa de baixo).

O Sensei era bastante enfático em que TODOS deviam vestir hakama, mas ele vinha de um tempo/cultura não muito distante em que o hakama era uma forma padrão de vestimenta formal.

Muitos dos estudantes eram pobres demais para comprar um hakama, mas era exigido que o usassem. Se eles não puderem conseguir um de um parente mais velho, poderiam pegar a cobertura de um velho colchão, cortá-la, pintá-la e dá-la a uma costureira para fazer um hakama. Se eles tiverem que usar uma tinta barata, porém, depois de um tempo a cor da capa vai começar a aparecer e a felpa do colchão começará a passar pelo material.

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Saito Sensei, sobre o uso do hakama no dojo de O-Sensei nos velhos dias:

No Japão do pós-guerra muitas coisas eram difíceis de obter, inclusive roupas. Por causa da escassez, nós treinávamos sem hakama. Nós tentamos fazer hakamas de cortinas de blackout contra ataques aéreos, mas essas cortinas tinham ficado ao sol durante anos, e os joelhos rasgavam tão logo arrastavam pelo chão na prática de suwariwaza. Nós estávamos constantemente trocando aqueles hakamas. Foi nessas condições que alguns fizeram a sugestão: ‘Por que nós não adotamos que seja aceito não vestir hakama até que a pessoa seja shodan?’ Esta idéia foi posta em prática como uma política temporária para evitar despesas. A idéia por trás da sugestão não tinha nada a ver com o uso do hakama como um símbolo da ascensão à faixa-preta“.

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Shigenobu Okumura Sensei, “Aikido Today” Magazine” #41:

Quando eu era uchi-dechi de O Sensei, todos eram instados a usar hakama para a prática, começando do primeiro dia em que pisassem no tatame. Não havia restrições sobre o tipo de hakama que você poderia usar, e o tatame era um lugar bastante colorido. Havia hakamas de todos os tipos, todas as cores e variedades, de hakamas de kendo, aos hakamas listrados usados em dança japonesa, até os caros hakamas de seda chamados sendai-hira. Eu imagino que alguns iniciantes foram mandados ao inferno por terem emprestado os caríssimos hakamas dos avós, usados apenas em ocasiões especiais e cerimônias, para esgarçarem seus joelhos fazendo suwariwaza. Eu lembro vivamente o dia em que esqueci meu hakama. Eu me preparava para subir ao tatame, vestindo apenas meu dogi, quando O Sensei me deteve. ‘Onde está seu hakama?’ Ele perguntou asperamente. ‘O que faz você pensar que você pode receber a instrução do seu professor vestindo nada mais que sua roupa de baixo? Você não tem senso de adequação? Obviamente. Você carece da atitude e etiqueta necessária em alguém que possui treinamento no budô. Sente-se fora do tatame e assista a aula”!

Este foi apenas o primeiro de muitos puxões de orelha que recebi de O Sensei. Porém, minha ignorância nesta ocasião alertou O Sensei a orientar seus uchi-dechi depois da aula sobre o significado do hakama. Ele nos falou sobre o hakama como tradicional indumentária dos estudantes do kobudo e perguntou se algum dos estudantes conhecia a razão para as sete dobras do hakama. 

‘Elas simbolizam as sete virtudes do budo’, disse O Sensei. ‘Estas são jin (benevolência), gi (honra ou justiça), rei (cortesia e etiqueta), chi (sabedoria, inteligência), shin (sinceridade), Chu (lealdade) e koh (piedade). Nós encontramos estas qualidades nos relevantes samurais do passado. O hakama convida-nos a refletir sobre a natureza do verdadeiro bushido. Vesti-lo simboliza tradições que chegaram até nós passando de geração em geração. O Aikido nasceu do espírito do bushido do Japão, e em nossa prática devemos buscar polir as sete virtudes tradicionais´”. 

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Sobre você e seus mestres – Por Yamamoto Tsunetomo

09/04/2013

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É falta de fibra imaginar que você não conseguirá alcançar o nível de seus mestres. Os mestres são homens. Você também. Se acha que será inferior ao fazer algo, com rapidez, então, você estará no caminho de realmente ser inferior”.

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*Yamamoto Tsunetomo – (Saga, 12 de Junho de 1659 a 1719) foi um samurai, monge budista e filósofo japonês. Os seus comentários sobre o Bushido foram compilados no Hagakure, um guia espiritual para os antigos samurais, considerado atualmente um dos mais importantes escritos sobre o pensamento nipônico da antiguidade.

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O Valor do Silêncio – Por Charles Richet

21/01/2013

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“Eu não tenho espada, faço da minha calma e silêncio espiritual minha espada.” Tradição oral samurai.

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Silêncio… o que é silêncio? Qual é sua natureza, aplicação e repercussão? O silêncio é uma constante japonesa, não uma prática, é algo já arraigado, é o normal, não o almejado nos meios tradicionais. É de muito mau gosto ou ignorância interromper uma ação ou um estado natural de quietude com algum comentário desnecessário e/ou fora de contexto. Mas vamos com calma, parcimônia e sabedoria, afinal, somos brasileiros, fora deste contexto oriental.

Silêncio, do latim silentiu, do dicionário Michaelis: “3 Abstenção voluntária de falar, de pronunciar qualquer palavra ou som, de escrever, de manifestar os seus pensamentos”. Sileo- silentium, que significa: estar em repouso, tranquilidade, descanso, ausência de qualquer estorvo. Etimologicamente, a palavra silêncio remete a silentium, silere, cujo significado encontra-se em sileo, cujo sentido é calar, omitir-se.

O silêncio é um meio de aprendizado comum ao budo. A partir do silêncio interior o aluno coloca-se pronto a receber o conhecimento oferecido pelo mestre. Ao postar-se em silêncio e perceber com consciência o que é demonstrado, o deshi tem uma condição melhor de internalizar o que é ministrado. Assim sua percepção sobre a natureza da prática amplia e amadurece.

No dojo de Aikido, assim como em Nihon no Dojo, silêncio é algo essencial. O aluno não deve manifestar-se se não foi requerido ao mesmo. Aqueles que chegam ao dojo no meio de uma aula já em curso não devem comunicar-se com os que já estão praticando e o mesmo vale aos que estão no tatame, não devem dar boas vindas e outras expressões. Durante a prática o sensei e os alunos mais graduados devem ser respeitados em suas orientações, não precisando contar com uma segunda voz ao guiar uma instrução. Se seu sensei chegou perto de você durante uma orientação que você possa estar passando a um companheiro, silencie-se e deixe que o sensei, que atenho certeza é o mais qualificado, observe e oriente as dúvidas de seu parceiro, e as suas TAMBÉM. Não chame o sensei, não use o imperativo, ex. “repita isso para mim sensei; sensei faça isso”. Sempre que for necessário tirar uma dúvida durante a prática espero o sensei chegar, e se nesse tempo ele demorar vá praticando o seu melhor e não se preocupe com a prática de seu companheiro, não interfira, não oriente, principalmente e muito principalmente se você não é instrutor qualificado. Particularmente, em nosso dojo o aluno que tem permissão de orientar superficialmente seus colegas tem desígnio público meu, sendo vedada essa prática a outros alunos, iniciantes, alunos graduados e alunos visitantes. Enfim, se você acha que pode orientar seu colega é porque ou você tem permissão do sensei ou é porque já tem conhecimento suficiente das regras do dojo e, portanto, deve esperar em silêncio e quietude. Lembre-se: não interrompa o sensei, seus kohai e senpai, não converse, treine, treine e treine mais!!!

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Uma xícara de Chá

Nan-In, um mestre japonês durante a era Meiji (1868-1912), recebeu um professor de universidade que veio lhe inquirir sobre Zen. Este iniciou um longo discurso intelectual sobre suas dúvidas.Nan-In, enquanto isso, serviu o chá. Ele encheu completamente a xícara de seu visitante, e continuou a enchê-la, derramando chá pela borda.O professor, vendo o excesso se derramando, não pode mais se conter e disse:”Está muito cheio. Não cabe mais chá!“”Como esta xícara,” Nan-in disse, “você está cheio de suas próprias opiniões e especulações. Como posso eu lhe demonstrar o Zen sem você primeiro esvaziar sua xícara?

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*Charles Richet – é fukushidoin e faixa preta 3º grau, com ambas as certificações conferidas pelo Hombu Dojo Aikikai, Tóquio. Responsável pela Sociedade Círculo da Paz em Brasília/DF.

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Os 50 de Fukushima – Os novos heróis do Japão

17/03/2011

“Os 50 de Fukushima”.

Mais parece nome de filme japonês, mas é a pura realidade. Renascem no caos urbano, os Samurais de outrora. A atitude dos “50 de Fukushima” lembra os Samurais e o Hakama – a vestimenta samurai – que em suas pregas, leva o simbolismo das virtudes do Bushidô –  o caminho do guerreiro.

Vejam as virtudes, leiam o texto que segue e respondam: São ou não são verdadeiros Samurais?

Yuuki  – Coragem, Valor, Bravura.

Jin – Humanidade, Misericórdia, Benevolência. 

Gi  – Justiça, Retidão, Integridade.

Rei – Etiqueta, Cortesia, Civilidade (algo como reverência/obediência).

Makoto – Sinceridade, Honestidade, Realidade.

Chuugi – Lealdade, Fidelidade, Devoção.

Meiyo – Honra, Credibilidade, Glória; também Reputação, Dignidade, Prestígio

Os 50 trabalhadores que permaneceram nas instalações da central de Fukushima para resfriar os reatores danificados e o material irradiado são os novos heróis do Japão, os homens dispostos a sacrificar suas vidas para salvar a nação.

Em um ambiente contaminado pelos altos níveis de radiação, estes funcionários da companhia Tokyo Electric Power (Tepco) tentam resolver os problemas provocados pelo colapso dos sistemas de resfriamento e alimentação elétrica da central.

Este colapso já causou a fusão parcial de três dos reatores da central e a exposição das barras de combustível, que também ameaçam entrar em fusão, ao ar livre, liberando na atmosfera quantidades consideráveis de elementos radioativos.

Estes últimos trabalhadores presentes na central, após o terremoto seguido de tsunami da última sexta-feira, foram retirados do local brevemente na quarta-feira, quando o nível de radioatividade aumentou de maneira alarmante.

Estas pessoas que estão trabalhando nas centrais enfrentam (o problema) sem titubear“, comentou Michiko Otsuki, funcionária da central Fukushima 2, situada a 12 km de Fukushima 1, onde estão os reatores danificados.

Só posso rezar pela segurança de todos eles… Não esqueçam que estão trabalhando para nos proteger, a cada um de nós, em troca de suas próprias vidas“, escreveu Michiko na rede social japonesa Mixi.

O primeiro-ministro Naoto Kan também elogiou os esforços e a coragem destes homens.

Na Tepco e nas empresas associadas, eles se esforçam neste momento para injetar água (nos reatores), estão fazendo todo o possível sem sequer pensar no perigo“, disse Kan.

Quando a Tepco recrutou mais 20 homens para participar das operações, foi procurada por vários funcionários que haviam sido retirados no começo da crise, segundo a agência Jiji.

Entre estes novos voluntários está um homem de 59 anos, que estava a um ano e meio da aposentadoria, anunciou sua filha em uma mensagem no site Prayforjapan.jp, conectado ao Twitter desde a catástrofe.

Não pude deixar de chorar quando soube que meu pai seria enviado amanhã (…). Em minha casa, meu pai parece um tanto nervoso, mas nunca estive tão orgulhosa dele“, indicou.

Segundo David Brenner, diretor do centro de pesquisa radiológica de Columbia Service, os trabalhadores de Fukushima 1 estão expostos a um “risco significativo” dados os altos níveis de radioatividade aferidos no local.

Eles já são heróis… Vão suportar exposições muito elevadas à radiação“, disse Brenner à BBC.

Colaboração: http://br.noticias.yahoo.com


Carneirinhos Monstros – Por Jorge Kishikawa

11/02/2011

Parte I

No início, aparecem de carneirinhos.

Indefesos, inofensivos. “dóceis” e “humildes” em procura do Caminho.

– Onegai shimasu! (Por favor me ensine!) – suplicam ao mestre.

A porta é aberta…

Durante o trajeto do Caminho, a sinceridade e a lealdade são colocadas à prova.

O ego fala mais alto. Começam a cair as máscaras.

Tempo perdido.

Por fim, aparecem os ossos, e aí vemos os “monstros” que na realidade eram.

Já dizia o samurai Yamamoto Tsunetomo, samurai que cortou os cabelos em 1700 e autor do livro Hagakure, o mais influente tratado sobre samurais já escrito: “Quando consegue ver dentro do coração do outro, você pode se decepcionar“.

 

Parte II

Mestre Yamamoto Tsunetomo, permita-me colocar uma observação aqui no nosso Café.

Falei dos carneirinhos monstros. Sei que o mestre fala que podemos nos decepcionar quando conhecemos o coração do outro e a partir daí chegarmos à conclusão de quanto tempo foi perdido e etc. e etc. que só os mestres entendem do que estou falando.

Mas, mestre, permita-me expor, que a decepção não é esta. Pois, da mesma forma que neste mundo existem homens leais, com honra e com coragem, existem os opostos. Existiu, existe e existirá, infelizmente, mas isto deixemos de lado.

O que eu quero, mestre, é lhe falar que DECEPÇÃO é descobrir, mais tarde, que estes carneirinhos monstros “apagavam” por todo o tempo os alunos que realmente tinham valores: alunos bons, sérios, honestos e leais. Se fazendo de carneirinhos, estes monstros ficavam à frente de todos, impedindo-nos de visualizar os possíveis samurais. Ou seja, tomando tempo e espaço.

Da próxima vez, sugiro tosquiar para vermos melhor os monstros que se escondem, pois consertar Lealdade, Coragem e Honra não tem como, pois já nascem com o indivíduo. Para não DECEPCIONARMOS.

A decepção maior é ver que os outros que deveriam aprender, não aprenderam.

Dá para colocar no Hagakure, mestre?

 

Colaboração: www.niten.org.br


O valor do silêncio – Por Charles Richet

22/06/2009

 “Eu não tenho espada, faço da minha calma e silêncio espiritual minha espada.” – Tradição oral Samurai 

Silêncio… o que é silêncio? Qual é sua natureza, aplicação e repercussão? O silêncio é uma constante japonesa, não uma prática, é algo já arraigado, é o normal, não o almejado nos meios tradicionais. É de muito mau gosto ou ignorância interromper uma ação ou um estado natural de quietude com algum comentário desnecessário e/ou fora de contexto. Mas vamos com calma, parcimônia e sabedoria, afinal, somos brasileiros, fora deste contexto oriental.

Silêncio, do latim silentiu, do dicionário Michaelis: “3 Abstenção voluntária de falar, de pronunciar qualquer palavra ou som, de escrever, de manifestar os seus pensamentos”. Sileo- silentium, que significa: estar em repouso, tranqüilidade, descanso, ausência de qualquer estorvo.  Etimologicamente, a palavra silêncio remete a silentium, silere, cujo significado encontra-se em sileo, cujo sentido é calar, omitir-se. 

O silêncio é um meio de aprendizado comum ao budô. A partir do silêncio interior o aluno coloca-se pronto a receber o conhecimento oferecido pelo mestre. Ao postar-se em silêncio e perceber com consciência o que é demonstrado, o deshi tem uma condição melhor de internalizar o que é ministrado. Assim sua percepção sobre a natureza da prática amplia e amadurece. 

No dojô de Aikidô, assim como em Nihon no Dojô, silêncio é algo essencial. O aluno não deve manifestar-se se não foi requerido ao mesmo. Aqueles que chegam ao dojô no meio de uma aula já em curso não devem comunicar-se com os que já estão praticando e o mesmo vale aos que estão no tatame, não devem dar boas vindas e outras expressões.

Durante a prática o sensei e os alunos mais graduados devem ser respeitados em suas orientações, não precisando contar com uma segunda voz ao guiar uma instrução. Se seu sensei chegou perto de você durante uma orientação que você possa estar passando a um companheiro, silencie-se e deixe que o sensei, que atenho certeza é o mais qualificado, observe e oriente as dúvidas de seu parceiro, e as suas TAMBÉM. Não chame o sensei, não use o imperativo, ex. “repita isso para mim sensei; sensei faça isso”.

Sempre que for necessário tirar uma dúvida durante a prática espero o sensei chegar, e se nesse tempo ele demorar vá praticando o seu melhor e não se preocupe com a prática de seu companheiro, não interfira, não oriente, principalmente e muito principalmente se você não é instrutor qualificado. Particularmente, em nosso dojô o aluno que tem permissão de orientar superficialmente seus colegas tem desígnio público meu, sendo vedada essa prática a outros alunos, iniciantes, alunos graduados e alunos visitantes. Enfim, se você acha que pode orientar seu colega é porque ou você tem permissão do sensei ou é porque já tem conhecimento suficiente das regras do dojô e portanto deve esperar em silêncio e quietude. Lembre-se: não interrompa o sensei, seus kohai e senpai, não converse, treine, treine e treine mais. 

Charles RichetFukoshidoin, instrutor auxiliar e faixa-preta 2° grau,  com ambas certificações conferidas pelo Hobu Dojô – Aikikai

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OS SAMURAIS E O JUJUTSU – Por Marcos José do Nascimento

24/11/2008

Os sistemas de combate desarmado no Japão têm a sua origem debitada a muitos homens, em especial aos samurais, exímios na arte da luta armada e desarmada. Foram eles os responsáveis pela criação de vários sistemas de combate com e sem arma, assim como a criação de diversas armas usadas nos combates, aprimorando o seu uso.

 

Os clãs japoneses eram os destinatários finais desse desenvolvimento de lutas armadas e desarmadas, pois patrocinavam esse desenvolvimento, ao mesmo que os samurais granjeavam maior projeção social nesse intercâmbio de interesses.

 

A partir do século XII, os bushis assumiram posição de liderança na sociedade japonesa e esse apogeu só findaria já na segunda metade do século XIX, a partir da Restauração Meiji, em 1868. Mas até lá, o domínio samurai determinou muitos dos valores e costumes da sociedade japonesa, influenciando sobremaneira toda a sua população.

 

Os valores transmitidos pelos samurais estão presentes hoje nas mais variadas formas de lutas japonesas, armadas e desarmadas. Elas são herdeiras desses valores e suas técnicas são a adaptação de técnicas mais antigas a uma nova realidade e necessidade hoje presentes em sociedades que não se utilizam mais da forma combate samurai usada no campo de batalha. No entanto, na época desses combates travados pelos bushis a habilidade técnica fazia a diferença entre a derrota ou a vitória, entre a vida e morte.

 

Os samurais possuíam nas formas armadas de lutar o principal meio de combate, e para uma eventualidade de perda de suas armas no campo de batalha, tiveram de desenvolver formas de combate desarmados. Essas maneiras de travar a luta sem armas, inicialmente, possuíam diversos nomes: Ywara, Tai-Jutsu, Kogusoku, Kempo e Hakuda, dentre eles.

 

A partir do século dezessete, o termo foi unificado sob o nome de Jujutsu, passando a identificar as diversas formas de luta desarmada que antes possuíam diferentes nomes.

 

Surgiram vários estilos de Jujutsu, denominados Ryu, alguns dos quais existentes até hoje no Japão. A versão da origem dos diversos estilos é variada, em alguns casos. Podemos destacar, entre outros estilos, o Yoshin-Ryu, Takenouchi-Ryu, Tenjin-Shinyo-Ryu, Shin-no-Shindo-Ryu, Kito-Ryu, Totsuka-Ryu, esta última praticada por diversos mestres da Academia de Polícia de Tóquio, na segunda metade do século dezenove.

 

Com a Restauração Meiji, em 1868, diversas práticas japonesas tradicionais começaram a ser vistas como anacrônicas pelos mais jovens e até por alguns adultos, devido à forte influência ocidental que tomava conta da sociedade japonesa da época. No entanto, ainda assim, diversos mestres e alunos, bem como considerável parcela da sociedade resistiu a esses ventos que varriam o cenário de então, preservando as práticas antigas, bem como as adaptando a uma nova realidade.

 

Dessa maneira, o Jujutsu que servia ao samurai no campo de batalha, foi se adaptando às necessidades do homem comum que vivia na cidade, bem como começou a perder o seu caráter secreto, pois até então, os conhecimentos eram passados pelo mestre do Dojô ao aluno que herdaria escritos secretos do funcionamento das técnicas, e as diversas academias não intercambiavam seus conhecimentos, mantendo-se isoladas umas das outras, devido à herança ancestral advinda desde quando os samurais tomaram as rédeas do poder no país, a partir do século doze.

 

Já próximo do final do século XIX e início, começa a despontar a idéia do “”, caminho, fazendo-se um transição do “Jutsu”, técnica, agora se trazendo uma preocupação mais voltada para a formação ética do combatente, em lugar de centrar-se os treinos apenas nas técnicas, não obstante não se pode afirmar que mesmo no período anterior não haver sido transmitidos ensinamentos de cunho moral e ético aos praticantes, contudo, a preocupação maior estava voltada para a técnica em si.

 

O primeiro a valer-se dessa idéia foi Jigoro Kano, criador do Judô, em 1882, ao transformar diversas técnicas de diversas escolas de Jujutsu em uma nova forma de combate que levou ao conhecimento do ocidente.

 

Com essa nova preocupação, percebeu-se que as práticas de arte militares propiciariam outros ganhos além do domínio de uma técnica de luta, mas contribuiriam para a formação do caráter do seu praticante, levando-o a prestar uma colaboração mais positiva na sociedade em que vivia. Aí nasce a fase do “”, saindo-se do “Jutsu”.

 

Usamos o termo “artes militares”, por entender que seja mais apropriado ao que costumeiramente conhecemos como “artes marciais”, posto que marcial é uma palavra ligada à Marte, o deus da guerra da mitologia romana, e o Japão não sofreu essa aculturação do ocidente, não obstante alguns mestres japoneses, em suas obras, usarem o termo “marcial” em referência a esses sistemas de combate, para um melhor entendimento dos ocidentais. E essas formas de combate são, na verdade, de origem militar, guardando, até hoje, traços característicos dessa identidade pela disciplina e hierarquia que promovem em seus ambientes.

 

É provável que algumas práticas ou praticantes, mesmo no dia de hoje, ainda não tenham se apercebido dessa realidade e, não obstante, estarem realizando uma prática dentro do “”, permaneçam mentalmente ainda no “Jutsu”.

 

Referências Bibliográficas:

 

01 – Jigoro Kano e T. Lindsay – 1887 (Relatório da Sociedade Asiática do Japão – Volume 15).

02 – The Father of Judo: a biography of Jigoro Kano – Brian N. Watson – Kodansha International – 2000.

03 – The Canon of Judo – Classic Teaching on Principles and Techiniques – Kyuzo Mifune – Kodansha International – 2004.

04 – Judo Formal Techiniques – A Complete Guide to Kodokan Randori no Kata – Tadao Otaki & Donn. F. Draeger – Charles E. Tutlle Companhy – 1997.

05 – Kodokan Judo – Jigoro Kano – Kodansha International – 1994.

06 – Segredo dos Samurais – As Artes Marciais do Japão Feudal – Oscar Ratti & Adelle Westbrook – Tradução de Cristina Mendes Rodrigues – Madras – 2006.

 

Colaboração: Marcos José do Nascimento – 1° Kyu (Faixa-Marrom) de Aikidô da Academia Central de Aikidô de Natal


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