Oficina de Aikido na Semana do Servidor do TJRN – Por Ribamar Lopes

22/10/2013

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Durante o período de 14 a 18/10/2013 a Oficina de Aikido, parte do Projeto Mussubi de Aikido Aplicado, apresentou-se para os servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte – TJRN, como atividade integrante do Programa de Qualidade de Vida (Pró-Vida) daquela instituição, na comemoração da Semana do Servidor Público.

Por esta ocasião, foi-se apresentado o Aikido como alternativa para gerenciamento dos conflitos cotidianos, mediante a exposição de princípios e conceitos aplicáveis de forma prática no ambiente de trabalho.

A apresentação foi mesclada com atividades práticas através de alongamentos utilizados no Aikido e explicação dos seus benefícios, bem como com a integração com o público, mediante demonstração com os próprios expectadores.

A Semana do servidor tratou-se de uma iniciativa da atual gestão da Direção do Foro da Comarca de Natal, que resgatou o Programa de Qualidade de Vida do Poder Judiciário – Pró-Vida com a parceria do SISJERN.

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O Pró-Vida

Iniciativa do Judiciário do RN que tem como objetivo investir na melhoria da qualidade de vida dos servidores através da elevação da autoestima; da melhoria das relações interpessoais no ambiente de trabalho; da diminuição dos níveis de stress; e da elevação da atenção no trabalho.

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Veja AQUI as fotos da Oficina de Aikidô na Semana do Servidor.

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*Ribamar Lopes – Servidor Público Estadual, Faixa-Preta – 1º Dan.

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Colaboração:

www.mussubi.wordpress.com

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MISOGI – Por Hiroshi Ikeda

25/09/2013

Hoje eu e minha esposa saímos cedo do trabalho e fomos para a escola de nosso filho antes do final da aula. Era nossa semana de fazer a limpeza da sala de aula da 4ª e 5ª série. Nesta escola cada família participa pelo menos uma vez no ano da limpeza da sala de aula de seus filhos, fazendo a limpeza (o que é muito encorajado), ou pagando $40 para que a escola contrate alguém para fazer isso (o único zelador da escola). A maioria das famílias escolhe ir fazer a limpeza.

Nós temos feito isso desde o jardim de infância, e se tornou um ritual do qual gostamos muito. Acho que estar no meio da ação nos faz sentir que fazemos parte da escola, isso nos dá um sentimento de conexão com o lugar em que nosso filho passa várias horas de seu dia. Nós fazemos isso por ele, pelo professor, por seus colegas, fazendo uma pequena contribuição para manter o mundo deles limpo, em ordem e agradável. De uma maneira simbólica, estamos recompensando seu professor, a quem ele adora (e nós também) por ter uma influência tão positiva em sua vida.

Então dizemos “olá” para os outros pais e vamos ao armário do zelador, pegamos um aspirador de pó e uns sacos de limpeza e vamos para a sala de aula de Jill. É claro que nosso filho preferiria passar o tempo no laboratório de computação enquanto nós limpamos as mesas e tiramos manchas dos teclados, mas ele se junta a nós por tempo suficiente para limpar o quadro negro guardar o aspirador de pó. Além disso, ele nos lembra que “faz seu trabalho” todos os dias. Isto é, as tarefas que as crianças fazem em turnos antes de ir para casa, pequenas coisas como alimentar o porquinho da índia, limpar em baixo das mesas, guardar as cadeiras e suprimentos.

Eu descobri que esta escola é uma exceção neste caso. Isso me surpreende, porque em todas as escolas que frequentei no Japão, as crianças não limpavam apenas suas salas de aula, mas também os corredores e áreas comunitárias. Nós limpávamos e lavávamos as janelas. Isso não era uma punição, de forma alguma; era o que tínhamos que fazer, e tínhamos orgulho de trabalharmos juntos para cuidar de nosso espaço. Acho que não pensávamos nisso, mas estávamos aprendendo sobre responsabilidade, respeito, realizações e cooperação.

Como a sala de aula, o dojô é um lugar importante – muitos diriam que talvez seja ainda mais importante que uma sala de aula, porque no dojô nosso trabalho é refinar habilidades que podem nos colocar no limite entre a vida e a morte.

Acredito que muitas pessoas hoje em dia confundem o dojô com algum tipo de centro de recreação. Mas diferentemente de um centro esportivo para levantamento de peso ou um ginásio para a prática de esportes, um dojô de artes marciais abriga o kami (deus) do budô. Isso quer dizer que em um dojô, o espírito do bushidô, ou uma lei de conduta, permeia o treinamento. Quando um dojô perde isso, sofre as consequências. Acredito que isso é o espírito do budô – este refinado sentimento de respeito – o que distingue um dojô, e é o que levamos em nós para nosso comportamento perante a sociedade.

O próprio ato de cuidar do dojô nos permite manifestar fisicamente o processo de purificação de nossos espíritos. Da mesma forma, as pessoas entram no dojô e deixam suas preocupações lá fora, o próprio dojô deve refletir a postura mental pura de seus ocupantes, para que os alunos possam se mover com segurança e liberdade no futuro pelo caminho do budô.

Infelizmente, às vezes vejo que alguns alunos consideram que o treinamento não tem nada a ver com este simples ato de cuidado. O espírito do dojô reflete a forma com que cada individuo encara seu treinamento, e isto inclui a forma como ele ou ela trata o próprio dojô. Acredito que uma pessoa que treina em um dojô deveria considerar que este espaço é, de alguma maneira, uma manifestação deles próprios, e deveriam encarar sua purificação da mesma forma que fariam a purificação e a renovação de seus próprios espíritos.

Através da história e das culturas, o ato de limpeza e purificação tem sido um gesto tanto prático quanto simbólico de grande significado. No Japão, este tipo de purificação ritual ou “misogi” é uma parte integral e muito importante da vida diária. Por exemplo, no final de dezembro, quase todas as pessoas em toda a nação cooperam dentro de suas famílias, escolas, companhias e dojô para limpar os lugares em que se reúnem. Ao fazerem isso, são capazes de receber o novo ano com seus ambientes purificados, bem como com suas almas purificadas. Outros rituais de misogi podem incluir a purificação do local da construção de um edifício antes que a obra comece. Antes de cada luta de sumô, o esporte nacional Japonês, os lutadores purificam o ringue aonde irão competir jogando sal sobre ele.

Parece um paradoxo que atos simples e mundanos possam ter o poder de transformar, mas este fato tem ressurgido repetidamente através dos tempos. Se polirmos o espírito, talvez um dia o espelho esteja imaculado, e então veremos nosso verdadeiro reflexo.

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* Hiroshi Ikeda – 7° Dan de Aikidô

Tradução para o Inglês: Jun Akiyama, editado por Ginger Ikeda

Tradução: Jaqueline Sá Freire – Brazil Aikikai – Hikari Dojo – Rio de Janeiro

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Colaboração:

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Zanshin – Espírito do Gesto

15/08/2012

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Zanshin é o espírito que fica, que permanece sem se apegar, o espírito que está sempre vigilante. O Zanshin se aplica a todos os atos da vida.

A beleza natural do corpo é o reflexo do treinamento do espírito na concentração dos gestos. O trabalho manual, agricultura de arte ou de artesanato, não condiciona apenas a saúde do corpo e a habilidade das mãos, mas também a agilidade do cérebro.

Através do exercício, os gestos tornam-se naturais e controlados e o corpo encontra sua beleza. A ação natural é inconsciente e perfeitamente bela.

Colaboração:

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Ouyouwaza e Henkawaza – Por Hiroshi Ikeda

16/07/2009

“Isso realmente funciona?” O ideal de qualquer budoka é ser capaz de executar técnicas eficientes.

Na desafiante busca pela técnica eficiente, há duas palavras japonesas – ouyouwaza e henkawaza – que descrevem conceitos essenciais para que “a técnica realmente funcione”.

Em termos simples, ouyouwaza é o estudo de como tornar uma técnica efetiva, ou como conseguir realizar o trabalho. É parecido a usar um copo de bebida para guardar uma flor, quando não há um vaso disponível; ou como temperar um prato com molho de soja, quando o saleiro está vazio. O aspecto de adaptação e/ou mudança está inerente à definição de ouyouwaza, e uma certa intenção está implícita. 

Henkawaza é de certa forma mais claro e refere-se ao estudo de como uma técnica muda para outra – ikkio em nikyo, por exemplo, ou ikkio em shihonague. Henkawaza entra em nosso treinamento quando começamos a aprender como mudar espontaneamente de uma técnica para outra, quando percebemos que a primeira técnica não é efetiva em certa situação. Por exemplo, podemos começar uma técnica, porém percebemos que nosso parceiro está resistindo – assim mudamos nossa técnica para usar esta resistência para transformar a técnica em outra.

Embora não possamos claramente recorrer à um destes dois conceitos durante nosso treinamento no budô, as chances são que todos os estudantes têm deparado-se tanto com o henkawaza como com o ouyouwaza durante a prática diária.

Pode-se dizer que ouyouwaza é a próxima fase depois do kihonwaza (técnica básica). É necessário anos para estabelecer nosso repertório básico, aprendendo a executar com confiança o passo a passo, movimentos básicos do kihonwaza – e no final alterar livremente estes e engajar-se na fascinante pesquisa de como “fazer o budô funcionar em uma situação real”.

Todos nós sabemos que em uma seção típica de treinamento, nosso parceiro está, na maior parte do tempo, cooperando e recebendo ukemi de nós. Porém, quando nosso parceiro ou oponente decide experimentar resistindo com força muscular ou o “centro,” aprendemos uma dura lição – “Isto não funciona.” Nesta situação, temos de ser capazes de extrair algo de tudo que aprendemos até então, a fim de tornar nossas técnicas eficientes com parceiros não cooperativos.

Ouyouwaza e henkawaza se misturam um pouco no significado, ambos significam técnicas que cultivam a habilidade de pensar livremente e mover-se sem restrição/força. Em nosso escolhido Budô, treinamos para conseguir esta abertura, fluida intenção/tendência através do treinamento de randori (estilo livre), kumite (disputa) e o treinamento de shiai (competição). O mérito destas práticas é que elas todas exigem e reforçam a consciência flexível, enquanto demonstram a ilusão das técnicas especificas pré-concebidas. 

Tradução: Rubens Caruso Jr. – Aikidô Nova Era – www.aikidonovaera.com.br

Colaboração: www.bujindesign.com


24 toques para ser mais feliz – Por Roberto Shinyashiki

07/07/2009

01 – Seja ético.

A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança.

02 – Estude sempre e muito.

A glória pertence àqueles que têm um trabalho especial para oferecer.

03 – Acredite sempre no amor.

Não fomos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, está com a pessoa errada ou amando de uma forma ruim para você. Caso tenha se separado, curta a dor, mas se abra para outro amor.

04 – Seja grato(a) a quem participa de suas conquistas.

O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe. Agradecer é a melhor maneira de deixar os outros motivados.

05 – Eleve suas expectativas.

Pessoas com sonhos grandes obtêm energia para crescer. Os perdedores dizem: “isso não é para nós“. Os vencedores pensam em como realizar seu objetivo.

06 – Curta muito a sua companhia.

Casamento dá certo para quem não é dependente.

07 – Tenha metas claras.

A História da Humanidade é cheia de vidas desperdiçadas: amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam carreiras o sucesso, etc. Ter objetivos evita desperdícios de tempo, energia e dinheiro.

08 – Cuide bem do seu corpo.

Alimentação, sono e exercício são fundamentais para uma vida saudável. Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para os outros gostarem também.

09 – Declare o seu amor.

Cada vez mais devemos exercer o nosso direito de buscar o que queremos (sobretudo no amor). Mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais.

10 – Amplie os seus relacionamentos profissionais.

Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos.

11 – Seja simples.

Retire da sua vida tudo o que lhe dá trabalho e preocupação desnecessários.

12 – Não imite o modelo masculino do sucesso.

Os homens fizeram sucesso a custa de solidão e da restrição aos sentimentos. O preço tem sido alto: infartos e suicídios. Sem dúvida, temos mais a aprender com as mulheres do que elas conosco. Preserve a sensibilidade feminina – é mais natural e mais criativa 

13 – Tenha um orientador 

Viver sem é decidir na neblina, sabendo que o resultado só será conhecido, quando pouco resta a fazer. Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e mais bem sucedido, para lhe orientar nas decisões, caso precise.

14 – Jogue fora o vício da preocupação.

Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Bobagem … Defina suas metas, conquiste-as e deixe as neuras para quem gosta delas.

15 – O amor é um jogo cooperativo.

Se vocês estão juntos é para jogar no mesmo time.

16 – Tenha amigos vencedores.

Aproxime-se de pessoas com alegria de viver.

17 – Diga adeus a quem não o(a) merece.

Alimentar relacionamentos, que só trazem sofrimento é masoquismo, é atrapalhar sua vida. Não gaste vela com mau defunto. Se você estiver com um marido/mulher que não esteja compartilhando, empreste, venda, alugue, doe… e deixe o espaço livre para um novo amor.

18 – Resolva!

A mulher/homem do milênio vai limpar de sua vida as situações e os problemas desnecessários 

19 – Aceite o ritmo do amor.

Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o começo de muita frustração.

20 – Celebre as vitórias.

Compartilhe o sucesso, mesmo as pequenas conquistas, com pessoas queridas. Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes.

21 – Perdoe!

Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra, a gente também.

22 – Arrisque!

O amor não é para covardes. Quem fica a noite em casa sozinho, só terá que decidir que pizza pedir. E o único risco será o de engordar.

23 – Tenha uma vida espiritual.

Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer. Reze antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma. Oração e meditação são fontes de inspiração.

24 – Muita Paz, Harmonia e Amor.

sempre!

 

* Roberto Shinyashiki é Psiquiatra, palestrante e autor de 14 títulos.

Colaboração: www.pensador.info


Conto Sufi – CÉU e INFERNO

30/06/2009

Os sufi são uma das centenas de castas da Índia. São um povo pobre, temente a Deus e que se especializaram em contar histórias que transmitissem aos mais jovens os ensinamentos filosóficos de seus ancestrais. Segue um conto: 

Mulla Nasrudin sonhou que estava no céu e que tudo à sua volta era muito bonito e fácil. Só encontrava beleza e não precisava fazer esforço para nada, bastava desejar alguma coisa – qualquer coisa – e ela aparecia.

Nasrudin tinha tudo que queria e estava super satisfeito, os milagres aconteciam sempre que desejava. Foi bom demais por algum tempo, até que ele começou a se entediar, deixou de achar graça naquela vida. Aí resolveu procurar algum problema, qualquer situação que lhe aborrecesse ou até lhe fizesse ficar deprimido, porque já não suportava mais tanta maravilha. Não encontrou nada que lhe perturbasse. Passou a procurar um trabalho para fazer, uma responsabilidade qualquer e não havia nada, porque era perfeito.

No seu sonho Mulla Nasrudin gritou:

– Não agüento mais! Estou cheio de não fazer nada e de ter tudo! Preferiria estar no Inferno!

E uma voz lhe respondeu:

– E onde é que você pensa que está?

By IMPRESSÕES – www.impressione.wordpress.com


Capacidade de Explorar o Mundo Interior – Por Roberto Shinyashiki

04/06/2009

Ficar em silêncio ajuda muito a escutar a voz da sua alma.

Você já ouviu a opinião de muitos autores a respeito da importância de seguir o seu coração. Eles têm razão: um caminho que não fale ao seu coração não alimentará a sua alma; e uma pessoa sem alma é um ser perdido no oceano da vida.

A exploração do nosso mundo interior ajuda a nos conhecer melhor e, portanto, a construir uma vida que tenha sentido. Fico muito triste quando converso com pessoas ricas e importantes que me confessam, quase chorando: é horrível ver que batalhei e consegui tantas coisas que queria, mas não sou feliz. O meu sacrifício não me deu felicidade.

É importante escutar a nós mesmos o tempo todo, para saber se estamos realizando objetivos que nascem do nosso coração. Só assim teremos certeza de que, no final da vida, não iremos nos martirizar com o arrependimento.

– Mas, Roberto, como conhecer a minha alma? Como escutar o meu coração?

Bem, a primeira dica é: faça a pergunta certa. Quando você faz a pergunta errada, o seu coração vai para muito longe. Quer um exemplo de pergunta errada? Suponha que o seu chefe foi duro com você e apontou vários problemas de desempenho no seu trabalho. Se você perguntar a si mesmo: “Por que meu chefe está me sacaneando?”, não vai encontrar uma resposta que lhe ajude a crescer.

Sentir-se vítima do seu chefe, em vez de analisar o próprio trabalho, vai deixar você distante da resposta que lhe interessa. Nesse momento o melhor é olhar para dentro de si, verificar em quais pontos o seu chefe tem razão, analisar suas atitudes e tentar melhorar o seu desempenho. Seu namorado terminou o relacionamento com você. Em vez de perguntar por que ele a sacaneou, seria mais interessante entrar em sintonia com os próprios sentimentos. Se a tristeza aparecer, o melhor é chorar em paz, e só depois analisar seu comportamento.

Talvez você se dê conta de que estava sendo muito crítica com seu namorado e, a partir daí, aprenda a admirar mais a pessoa que você ama, percebendo com isso o que pode melhorar em sua maneira de demonstrar amor. Se você fizer as perguntas certas, conseguirá aprender muito sobre si mesmo. Faça suas perguntas, mesmo que elas fiquem muito tempo sem resposta:

• O que é essencial para você?

• Qual é a sua meta profissional?

• Como gostaria de estar daqui a dez anos?

• O que você precisa fazer para realizar seus projetos?

• A sua vida está do melhor jeito que poderia estar neste momento?

A capacidade de explorar nosso mundo interior nos ajuda a tomar melhores decisões e a evitar problemas decorrentes da nossa maneira de ser. Quando tinha aproximadamente 20 anos eu era o rei das decisões impulsivas. Decidia comprar alguma coisa sem pensar e alguns dias depois tomava consciência de que tinha feito besteira.

Depois de algum tempo decidindo errado, prometi a mim mesmo que sempre me daria um prazo de uma semana para pensar antes de comprar qualquer coisa mais cara. Isso evitou que eu fizesse muitas bobagens. Conhecer-se melhor pode ajudá-lo a tomar decisões que lhe façam realmente crescer.

Certa vez um deputado que gostava muito do meu trabalho telefonou-me e convidou-me a assumir um cargo de diretor de um importante hospital público. Consegui pedir a ele um prazo de um dia antes de lhe dar a resposta, o que foi um grande sacrifício, pois a minha vontade era dizer sim na hora. Fiquei pensando sobre o assunto e me dei conta de que aceitar o convite para cuidar de um hospital não tinha o menor sentido, considerando a minha vocação de psiquiatra. O que eu gostava mesmo era de escutar as pessoas e ajudá-las a se realizar. Foi um alívio quando, no dia seguinte, liguei para dizer “não, obrigado!”. Minha alma celebrou a minha decisão.

Algumas vezes, sua rota precisa ser reajustada e você só descobrirá isso se souber conversar consigo mesmo. Ficar em silêncio ajuda muito a escutar a voz da sua alma.

Sabe quando rastreamos todos os arquivos e pastas do computador em busca de alguns vírus que possam ter invadido o sistema? Sabe quando navegamos pela internet e mantemos o antivírus acionado para impedir a entrada de elementos suspeitos? Na vida real, o autoconhecimento é nosso melhor antivírus. Para que você não perca todos os seus documentos nem tenha de configurar novamente sua máquina, pergunte-se sempre o que realmente importa em cada momento de sua vida.

* Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de 13 títulos.

Colaboração: http://shinyashiki.uol.com.br



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